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Centro de recuperação de animais de Rio Grande (RS) recebe dois petréis-gigantes

10 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Carmem Ziebell

O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) está com dois novos hóspedes: um petrel-gigante-do-norte (Macronectes halli) e um petrel-gigante-do-sul (Macronectes giganteus). As duas aves foram encontradas na beira da praia, entre a Praia do Mar Grosso e a Lagoa do Peixe, durante monitoramento realizado por técnicos do Laboratório de Mamíferos Marinhos da Furg na última quarta-feira, e levadas para o centro.

|Maioria dos pinguins chegou ao Cram com a plumagem |suja de óleo. Foto: Fábio Dutra


Conforme informações da oceanóloga Paula Canabarro, do Cram, essas aves são oceânicas, vivem em alto-mar, e não é comum encontrá-las na beira da praia. Por isso foram recolhidas e encaminhadas ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos. Ao chegarem ao Cram, elas receberam hidratação, inicialmente, passaram por exame clínico, no qual não foi encontrada nenhuma lesão ou fratura, e depois começaram a ser alimentadas com peixes. Os dois petréis juvenis estão bem. Estão ativos e o estado corporal deles é bom, devendo ser liberados em breve.

Estas aves se reproduzem na Antártica, nas ilhas subantárticas e na Patagônia, de onde saem em busca de alimentação, segundo Paula. E utilizam o litoral Sul do Rio Grande do Sul, sendo que a mais comum na região é o petrel-gigante-do-sul. Além dos dois petréis, encontram-se no Cram 16 pinguins, um lobo-marinho juvenil, três tartarugas marinhas juvenis – duas da espécie verde e uma cabeçuda sem uma das nadadeiras -, mais duas gaivotas.

A grande maioria dos pinguins está no Cram desde o inverno e muitos deles chegaram ao centro sujos de óleo. Na próxima semana, haverá liberação dos que estiverem em condições adequadas para o retorno ao mar. Conforme o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, coordenador do centro, na segunda-feira, 15 pinguins serão submetidos a exame de plumagem e na terça-feira a exame de sangue e avaliação para definição de quais os que serão liberados. A data da soltura ainda não está definida.

Na mesma ocasião, também deverão ser reintroduzidos ao seu hábitat o lobo-marinho, a tartaruga-cabeçuda e, provavelmente os petréis.

Fonte: Jornal Agora

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