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Vida, a cachorra que foi espancada em Bauru, recebe carinho de sua nova família

6 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Cadelinha símbolo da luta contra a violência foi adotada por casal

Vida com Carlos e Leandra, o casal que cuida da cachorra resgatada (Foto: Cristina Camargo/Agência Bom Dia)
Vida com Carlos e Leandra, o casal que cuida da cachorra resgatada (Foto: Cristina Camargo/Agência Bom Dia)

Até hoje Leandra Marquezini fica com os olhos cheios de lágrimas quando lembra o primeiro encontro com a cachorra Vida, em julho. A  bull terrier de um ano foi encontrada à beira da morte na Vila Santista, na cidade de Bauru (SP), e levada para Leandra e o marido, Carlos Rossi, proprietários de uma pet shop no Parque Vista Alegre.

“Passei mal, comecei a tremer, o coração disparou”, descreve. “Foi como se ela fosse nossa, como ver um filho machucado”.

Com várias lesões espalhadas pelo corpo e as faces deformadas, Vida chegou ao local quase inconsciente e sem conseguir parar em pé. Foi internada em estado grave, ficou em coma induzido e foi desenganada.

Mas sobreviveu e virou símbolo da luta contra a violência que atinge animais.

A cadelinha foi adotada por Leandra e Carlos, integrantes de uma rede de proteção a cães e gatos.

O grupo se mobilizou e vendeu uma rifa para ajudar no tratamento de Vida.

Agora ela já consegue caminhar normalmente e brinca com os tutores e crianças. Tem canil próprio na chácara do casal e até passeou pela avenida Getúlio Vargas.

Como também estava com lesões na pele provocada pela sarna, faz tratamento. E continua frequentando o veterinário por causa da perda da visão num dos olhos, consequência do espancamento. 

Há chance de voltar a enxergar normalmente.

“Ela está linda”, derrete-se Leandra. “Com a gente ela é carinhosa, dócil, gosta de brincar, dar saltos. É uma cachorra esportista”.

Virou a estrela da casa.

Violência provocou repúdio e indignação

As imagens de Vida machucada comoveram pessoas que gostam de animais.

“Recebi ligações até de outros estados”, conta Leandra Marquezini.

Além de distribuir e-mails com pedidos de ajuda para cães e gatos abandonados ou desaparecidos, a rede informal de proteção que ajudou a cadelinha faz denúncias sobre violência.

A matéria sobre o espancamento também recebeu comentários de pessoas indignadas.

“Abominável”, escreveu a auxiliar de enfermagem Ana Magda. “Se descobrirem o autor, que seja punido. Não pode ficar solta por aí uma pessoa que faz isso com um bichinho desses”, pediu o aposentado José Ramos.

Fonte: Rede Bom Dia



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