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Em 3 semanas sai em SP laudo conclusivo sobre a vacina de raiva gratuita

2 de setembro de 2010
2 min. de leitura
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Só daqui a três semanas o Instituto Pasteur, ligado ao Governo do Estado de São Paulo, irá emitir um laudo conclusivo sobre o que ocorreu com as doses da vacina contra raiva para cães e gatos, que começaram a ser aplicadas de forma gratuita, durante a campanha pública, e acabaram gerando reações exageradas nos animais, levando alguns, inclusive, à morte. Mas a suspensão do programa de imunização não se reverteu, necessariamente, num aumento da procura pelo medicamento na rede particular.

Segundo médicos veterinários de Mogi das Cruzes, a maioria das pessoas que vacinavam seus animais pelo sistema público pretende aguardar uma decisão do governo para poder, mais tarde, fazer o procedimento sem gasto algum. Para alguns, aliás, a situação é preocupante, pois, se os tutores dos animais não acreditarem mais na qualidade do produto, podem simplesmente deixar de fazer a vacinação. E, caso isso ocorra, há riscos de surgir uma epidemia.

Para quem ainda não vacinou seu animal, há duas opções: comprar as doses que são comercializadas em alguns pet shops, por um preço médio de R$ 10,00, ou então procurar clínicas privadas, que trabalham com uma oscilação de preço entre R$ 20,00 e R$ 30,00. De preferência que seja uma vacina de outro laboratório.

A vacinação contra raiva deve ser aplicada em todo cão e gato, a partir dos quatro meses de idade. A dose tem de ser reaplicada anualmente para que não perca a eficácia. O medicamento só não é recomendado para animais que estejam doentes, cadelas ou gatas prenhas, ou em período de amamentação. A vacina contra a raiva, assim como todas as outras, pode causar febre, desânimo e falta de apetite, mas esses sintomas devem passar até no máximo 24 horas após a aplicação.

Reações graves

No último dia 18 de agosto, a Secretaria de Estado da Saúde decidiu recomendar a todos municípios paulistas a suspensão imediata da campanha de vacinação contra raiva animal. Em apenas dois dias, 567 cães e gatos vacinados no Estado apresentaram reações, 38% consideradas graves, como cansaço extremo, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Pelo menos dez animais foram a óbito em São Paulo por choque anafilático. Em Mogi das Cruzes, três animais apresentaram reações, mas nenhum morreu, a cidade também suspendeu a imunização e aguarda uma segunda ordem da Secretaria de Saúde.

Com informações de O Diário

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