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Porquinha é resgatada a caminho do matadouro e levada a um santuário, nos EUA

3 de agosto de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

Enquanto estava dirigindo por uma estrada em Dakota do Sul, nos EUA, em meados de julho, um casal viu um filhote correndo no meio do asfalto. Eles pararam o carro e conseguiram colocar o animalzinho em sua van, onde ele dormiu direto pelas próximas dez horas.

O filhote era uma porquinha de seis semanas. Não existiam fazendas de porcos nas proximidades.

Lanore Hahn, artista e fotógrafa, e Derek Pritzl, seu namorado músico, estavam voltando para casa por uma estrada rural quando erraram o caminho e encontraram a porca, que eles chamaram de Kim Gordon, em homenagem à baixista da Sonic Youth. Enquanto Kim dormia, o casal parou em três fazendas na estrada, tentando descobrir de onde a pequena havia fugido. As respostas (felizmente) foram as mesmas: não existiam fazendas de criação por ali.

De acordo com reportagem publicada na Animals Change, Hahn contatou autoridades de controle de animais da área, que enviou um oficial. Depois de examinar Kim Gordon e notar suas queimaduras severas e o ralado de asfalto em sua barriga, queixo e costas, o oficial deduziu que ela provavelmente caíra da traseira de um caminhão de transporte. Se o casal entregasse a porca às autoridades, o oficial alertou, ela provavelmente seria morta a tiros.

“De forma alguma”, pensou Hahn, amante dos animais cujo logo da banda do marido – que ela desenhou – é um porco. O casal levou a porquinha para casa, em Wisconsin. Hahn cuidou bem de Kim, apresentando-lhe a comidas saudáveis, cuidando de seus ferimentos e dando-lhe muito amor.

Na semana passada, Hahn encontrou uma casa permanente para Kim, no Santuário de Watkins Glen, Nova York. Ali, Kim Gordon encontrou outros porcos resgatados que, como ela, foram encontrados em rodovias depois de caírem de caminhões.

Os porcos não sofrem apenas nas fazendas superlotadas, mas também em caminhões que os transportam para os matadouros. E além de cair dos caminhões, durante o inverno, eles frequentemente congelam, enquanto no verão morrem de desidratação ou derrames. De acordo com estatísticas industriais, mais de um milhão de porcos morrem todo ano no caminho para o matadouro.

Kim Gordon é uma pequena sortuda. A diretora do Santuário, Susie Coston, disse que o futuro da porquinha tem tudo para ser perfeito. “Ela está se recuperando bem, e será símbolo para os porcos de fazenda que sofrem todos os dias em caminhões quentes, lotados, a caminho de matadouros cruéis do país todo. Mas, para Kim, os dias no asfalto terminaram. Aqui, ela será sempre uma estrela de rock.”

Os verdadeiros astros protagonistas dessa linda lição de solidariedade foram Hahn e Pritzl. Em vez de simplesmente curtirem a viagem, eles desviaram o caminho para salvar a porquinha, cuidaram dela em casa e lutaram para encontrar um lar seguro e feliz. Gostaria que essa compaixão chegasse também aos donos de fazendas de criação de animais para o consumo e matadouros.

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