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Cinquenta mil animais são libertados de fazendas de pele na Grécia

30 de agosto de 2010
3 min. de leitura
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(da Redação)

Arrombamentos em duas fazendas que confinam e exploram animais para extração das peles deixaram mais de 50 mil martas à solta no norte da Grécia, segundo a polícia.

Animais libertados por ação em fazendas da Grécia passam por rodovia (Foto: AP)

Um comunicado da polícia local diz que a ação ocorreu entre sexta-feira (27) e sábado (28) perto da cidade de Kastoria, que é o centro da indústria de peles na Grécia. Redes de TV locais mostraram funcionários da fazenda perseguindo os animais com redes de pesca.

Funcionário de fazenda grega apreende animal libertado em arrombamento no fim de semana (Foto: AP)

Como tratam animais como mercadorias, os exploradores da cruel indústria de peles disseram que o custo para os proprietários podem passar um milhão de euros (R$ 2,8 milhoes).

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo incidente. Mas um grupo de direitos animais assumiu a responsabilidade por uma ação semelhante ocorrida um ano antes.

Fatos sobre a indústria de extração de peles

Os animais passam sua vida confinados em minúsculas gaiolas em condições deploráveis. Adquirem comportamentos neuróticos como automutilação e canibalismo. Desenvolvem comportamento psicótico batendo a cabeça nas grades da gaiola e movendo-se furiosamente de um lado para o outro.

Sofrem de consanguinidade e nascem com alterações genéticas; deformações e mutações dos órgãos internos e membros. A dieta artificial administrada é causadora de problemas digestivos. A permanência sobre a estrutura de arame das jaulas acarreta lesões e deformidades nas patas. Quando expostos permanentemente ao ar livre, sofrem com as variações climáticas. O alto nível de estresse é responsável por 20% da morte dos animais.

Para a extração da pele, os animais são eletrocutados, asfixiados, envenenados, gaseados, afogados ou estrangulados. Nem todos morrem imediatamente, alguns são esfolados ainda vivos! Em alguns locais, para que as peles fiquem intactas, corta-se a língua do animal deixado-o a sangrar até morrer.

Em regiões onde usam armadilhas, pelo menos 1 em cada 4 animais capturados rói a própria pata na tentativa desesperada de se libertar. Os que conseguem escapar morrem pouco tempo depois por hemorragia, infecção, fome ou mesmo caçados por outros predadores em consequência de sua vulnerabilidade.

Os animais que não conseguem escapar sofrem por vários dias ou semanas. Presos, acabam morrendo de fome, frio, desidratação ou atacados por outros predadores. Para não estragar a pele, aquele que ainda estiver vivo na armadilha é asfixiado com os pés.

Pelo menos 5 milhões de animais como cães, gatos, pássaros, esquilos e até mesmo animais de espécies em vias de extinção são acidentalmente apanhados, mutilados e mortos nas armadilhas.

Segundo um estudo da Ford Motor, a produção de um casaco de peles de animais gera grande desperdício de energia em comparação com a confecção de um casaco de pele sintética: gasta-se três vezes mais quando o animal é pego em armadilha e quarenta vezes mais se o animal é criado em cativeiro.

Animais mortos

Para fazer um casaco de peles de comprimento médio matam-se:

125 arminhos

100 chinchilas

70 martas-zibelinas

50 martas canadianas

30 ratos almiscarados

30 sarigueias

30 coelhos

27 guaxinins

17 texugos

14 lontras

11 raposas douradas

11 linces

09 castores

Com informações da PEA e do G1

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