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Prefeitura promete novas medidas para combater o abandono de animais, em Canoas (RS)

27 de agosto de 2010
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Falta de atendimento de emergência a cães de rua feridos e descontrole da população animal são reclamações frequentes dos canoenses. Embora continue no campo das promessas, a prefeitura garante que, em breve, colocará em prática ações para combater o problema.

Entre as medidas salutares estão previstos: a contratação de clínicas particulares para um pacote de serviços, o recolhimento e o tratamento de animais de rua machucados e 120 castrações mensais em cães domiciliares. Os tutores teriam acesso a palestras educativas. Segundo o gestor da Vigilância Sanitária, Júlio Cesar dos Santos, um edital de licitação deve ser publicado em setembro.

“Esses serviços urgem. Em Canoas, ocorrem de dois a três atropelamentos de cachorros de rua por dia”, diz Santos.

Já a esterilização de cães que perambulam em praças e parques – projeto divulgado pelo + Canoas em julho do ano passado – aguarda a formalização de um convênio. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Celso Barônio, questões burocráticas adiaram o início do trabalho.

“Faltaram algumas documentações. Agora estamos discutindo parcerias com outras entidades. Tenho convicção de que iniciaremos o trabalho ainda neste ano”, afirma.

Hoje, a prefeitura dispõe de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), com capacidade para atender cerca de 40 animais, entre cachorros e gatos. Muitos foram abandonados pelos tutores em frente ao CCZ, nasceram em cativeiro ou foram denunciados como agressivos sem que isso fosse comprovado. Ainda que dois cães atropelados estejam abrigados no local, Róger Halla, um dos dois veterinários que atuam no centro, afirma que não há estrutura para esse tipo de atendimento.”Falta de órgão responsável dificulta o atendimento”, explica.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Beth Colombo, dentro de 15 dias será encaminhado para apreciação da Câmara dos Vereadores um projeto de reestruturação de algumas secretarias. Em relação à Saúde, projeta-se a criação de uma Unidade de Saúde Ambiental.

“Essa função não está, hoje, a cargo de nenhuma pasta. Dependeremos de terceiros para montar a estrutura”, explica a secretária, sem informar um prazo para a implantação da unidade.

Cansada de esperar por mudanças, a presidente da Associação Protetora dos Animais de Canoas (Aproccan), Eliane Tavares, conta que elaborou, com outros voluntários e a pedido da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, um relatório sobre a forma com que o tema é tratado na cidade. Porém, segundo a presidente, a prefeitura não deu nenhum retorno sobre o documento, entregue em dezembro do ano passado.

Para Eliane, o número de esterilizações proposto no projeto da prefeitura é baixo. Segundo ela, o ideal seria, pelo menos, mil castrações por mês. “Assim, teríamos bons resultados em cinco ou seis anos”, aponta.

Com informações do Zero Hora

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