EnglishEspañolPortuguês

Superintendente do Ibama de Mossoró (RN) admite morte de animais

26 de agosto de 2010
2 min. de leitura
A-
A+

O superintendente estadual do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Alvamar Costa de Queiroz, informou ontem que “apenas” 27 animais apreendidos em Mossoró pela Polícia Ambiental e pelo Ibama morreram nos últimos meses. De acordo com ele, 857 animais silvestres foram apreendidos, sendo que 14 deles fugiram.

Alvamar descartou a possibilidade de muitos animais estarem morrendo na sede do Ibama em Mossoró. “É verdade que o Ibama em Mossoró não tem estrutura para cuidar desses animais e é por isso que eles são encaminhados para Natal, onde ficam sob os cuidados dos profissionais necessários”, garantiu.

Os números revelados pelo superintendente são bem inferiores aos quase quatro mil animais que teriam morrido no escritório local do Ibama, que foi o motivo que levou o vereador Francisco José Júnior (PMN) a convocar a audiência pública realizada nessa quarta-feira na Câmara Municipal de Mossoró (CMM).

Talvez, por esse motivo, Alvamar foi bastante irônico com os vereadores em suas colocações durante a audiência. Ele disse que a Polícia Ambiental e o Ibama estão apenas cumprindo o que manda a legislação que protege os animais. “Estamos cumprindo a lei à risca e não pela metade”, afirmou, em resposta ao pronunciamento do vereador Chico da Prefeitura (DEM), que solicitou atuação mais branda em algumas ocasiões.

Alvamar também ironizou o pronunciamento da vereadora Maria das Malhas (PSL), que declarou que teve que soltar dois pássaros que lembravam o seu filho já falecido. O superintende elogiou a soltura dos pássaros e orientou a vereadora a adotar uma criança para preencher o vazio deixado pelo filho falecido.

Alvamar solicitou que os vereadores trabalhassem para a criação de um local adequado para soltar os animais e ainda que a Câmara criasse um programa de educação ambiental para os mossoroenses, o que irritou Francisco José Júnior, que afirmou que essa responsabilidade seria do Ibama. O vereador disse que Alvamar estava querendo repassar responsabilidade para a Câmara. Porém, Alvamar disse que a ex-ministra Marina Silva acabou com a educação ambiental no Ibama após a criação do Instituto Chico Mendes.

Ironia pra cá, respostas pra lá, na prática, a audiência pública não vai alterar em nada o trabalho que vem sendo feito pela Polícia Ambiental e o Ibama. “Não temos como mudar a legislação. Quem faz isso são os vereadores, senadores, deputados”, disse, novamente irônico, Alvamar.

A audiência solicitada pelo vereador Francisco José Júnior (PMN) ficou esvaziada no seu momento mais importante. No momento das considerações de Alvamar Queiroz, apenas cinco vereadores estavam presentes no plenário: o presidente da casa, Claudionor dos Santos (PDT), o autor da audiência, Francisco José Júnior, além de Maria das Malhas (PSL), Ricardo de Dodoca (PDT) e Jório Nogueira (PDT). Os demais vereadores se ausentaram.

Fonte: Tribuna do Norte

Você viu?

Ir para o topo