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PMA começa operação preventiva contra tráfico de animais silvestres

17 de agosto de 2010
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A Polícia Militar começou nesta semana a “Operação Tráfico de Papagaios”, que visa prevenir os crimes de tráfico de animais silvestres. A operação foi deflagrada em virtude do início da reprodução dos psitacídeos, ou seja, dos papagaios, periquitos, maritacas e maracanãs, que começa em setembro e normalmente se estende até o mês de dezembro.

A estratégia leva em consideração que os fatos relacionados ao tráfico de animais em Mato Grosso do Sul referem-se quase que exclusivamente ao papagaio. Dessa forma, pretende-se evitar que esses animais sejam retirados do seu habitat.

Leva-se em consideração também que os custos econômicos e ambientais da prevenção são menores comparados aos da apreensão. Os custos ambientais são advindos das mortes durante o transporte e durante o estágio de cuidados para a reabilitação e reintrodução destes animais na natureza, além do possível desequilíbrio ambiental causado por esta retirada.

Os custos econômicos advêm de todo o processo, deste a movimentação de viaturas para a remoção, aos cuidados veterinários e de outros técnicos, bem como a alimentação até a devolução dos animais ao ambiente natural.

Dessa forma, a PMA empregará todo seu efetivo possível, de 352 homens nos trabalhos preventivos, que serão em especial, realizados nas propriedades rurais durante este período reprodutivo. Como a PMA conhece o modo de operação dos traficantes, esta prevenção torna-se mais simples.

Os infratores se aproveitam, às vezes, do desconhecimento das pessoas que moram nas localidades mais afastadas para cooptá-las para ajudá-los na prática do tráfico. Eles aliciam os sitiantes e funcionários de fazendas para retirarem os animais, que são levados principalmente para o estado de São Paulo. Algumas dessas pessoas aliciadas contribuem com este tipo de crime por ganância, mas a PMA tem detectado ainda muito desconhecimento por parte de algumas destas pessoas.

A prioridade da fiscalização preventiva será na região onde todos os anos os problemas têm ocorrido. A região de Ivinhema, Nova Andradina, Anaurilândia, Bataguassu e Novo Horizonte do Sul. Porém, outras com menos incidência deste tipo de crime também terão a fiscalização intensificada, a exemplo de Mundo Novo, Iguatemi, Itaquiraí, além de outros municípios que são próximos à divisa com o Estado do Paraná.

Todas as subunidades da PMA responsáveis pela fiscalização desses municípios estarão recebendo reforço de policiais da sede para implementar mais efetivamente os trabalhos preventivos. A Polícia Militar Ambiental não tem detectado problemas relativos ao tráfico de animais silvestres no Pantanal. Até hoje não houve nenhuma apreensão de papagaios saídos da região.

Um outro tipo de tráfico que a PMA está atenta está relacionado com a entrada no Brasil de canários vindos do Peru de da Bolívia. São os Canários Peruanos, que não pertencem à fauna brasileira. Ele parece com o Canário-da-Terra, porém, é maior e está passando por Mato Grosso do Sul, entrando pela Bolívia, com destino a Brasília e Nordeste para serem utilizados em brigas, que são comuns nessas regiões.

Neste mês, a Polícia Federal apreendeu 500 desses canários em Corumbá. A primeira apreensão foi realizada pela PMA no ano de 2001. A entrada do animal no Brasil envolve riscos para o nosso canário-da-terra, caso ele seja solto na natureza e comece a se reproduzir. A PMA tem notícias de que ele já está sendo cruzado em cativeiro com o canário da terra, para ser utilizado em brigas.

Apesar da entrada deste animal no Brasil ser um caso de tráfico internacional, a lei de crimes ambientais prescreve em seu artigo 31, como introduzir espécimes animais no País sem parecer e autorização do órgão ambiental competente, com uma pena de apenas três meses a um ano de detenção.

Fonte: Idest

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