EnglishEspañolPortuguês

Ativismo eficiente: veganismo para pessoas preocupadas com saúde

15 de agosto de 2010
6 min. de leitura
A-
A+

Neste artigo, vou continuar o tema de ativismo eficiente, especificamente vou compartilhar algumas ideias relacionadas ao marketing às pessoas que se importam com assuntos de saúde. Depois de ler o que foi um sucesso na minha própria experiência de ativismo, pode ser que vocês, leitores, possam compartilhar ideias e experiências boas no seu ativismo para que todos nós possam compartilhar ideias e ser melhores ativistas. Quanto mais colaboramos e compartilhamos estas dicas, melhor para salvar mais animais.

O que não é eficiente ao promover veganismo? O debate com pessoas que comem carne!  Em nome dos animais, devemos parar de debater sobre proteína, o comprimento dos intestinos, o tipo de dentes, herbívoro contra carnívoro etc. Quanto tempo e energia gastamos neste debates?! Ao final, gastando tempo num debate significa que estamos perdendo tempo de educar as pessoas sobre opções veganas para tirar carne da dieta. O argumento distrai muito e, ao final, gastamos o nosso tempo no debate e não damos soluções veganas para pessoas que querem saber o que devem ou podem comer para serem mais saudáveis. As pessoas que querem ter boa saúde não podem defender comida não vegana quando comparamos os valores nutritivos: a carne sempre tem colesterol e nunca tem fibra.

Na minha experiência, quando uma pessoa disse “mas eu gosto de carne,” em vez de ter um debate sobre o gosto, sempre dei uma lista de produtos de carne vegetal. Se uma pessoa disse “mas tenho medo de não ter proteína suficiente,” eu, antes de tudo, lembrei-a de que tem muita proteína em soja, a “carne” vegetariana.  Eu sempre digo que a vantagem dessas fontes de proteína é que contêm fibra e nunca têm colesterol, e que em muitos casos têm menos gordura saturada. Isto foi mais produtivo que ter debates sobre o gosto individual ou a quantidade precisa de proteína. Eu lembro as pessoas de que colesterol  e gordura saturada têm sido associados com infartos e ataques cardíacos e que a falta de fibra e alta ingestão de açúcar têm sido associadas com diabetes. Em geral, o público já sabe isso. Na minha opinião, como ativistas, nosso papel é ajudar as pessoas a pararem de consumir os animais, não é serem experts em tudo. Para isso, posso sempre encaminhar as pessoas aos experts. Sou fã da Revista dos Vegetarianos, sempre tem artigos ótimos de Eric Slywitch, dietista registrado— além das receitas ótimas!  Não sou expert, gosto de ler literatura escrita por pessoas que têm feito as investigações (de fontes seguras e confiáveis). Da minha experiência, as pessoas acreditam mais no que leem do que no que ouvem. Por isso, é superimportante ter literatura vegana que é bem investigada, de fontes confiáveis. Quando digo “literatura”, estou falando de cópias de artigos promovendo comida vegetariana/vegana e panfletos com informação associada com comida, saúde, nutrição. Então, a seguir está uma lista de lugares onde deixei este tipo de literatura vegana:

1. Na sala de espera em hospitais e consultórios médicos  (nota importante: para ter permissão de deixar literatura promovendo veganismo, todas as vezes em que mostrei literatura com imagens de tortura e sange, os médicos sempre diziam “não”, mas quando mostrei panfletos com informação comparando os valores nutritivos de comidas, receitas, informação médica com citações, sempre me deram permissão a deixar os panfletos). O bom é que pessoas têm tempo de ler quando estão esperando a sua hora marcada, e com a literatura deixada no consultório de um médico ou hospital.

2. Nos eventos de saúde. Procure ver onde há eventos de saúde na sua comunidade. Nos EUA, temos festivais de saúde do condado na cidade onde eu moro, nas escolas, nas corporações e nas igrejas protestantes (porque há muitos pastores que veem que a congregação está envelhecendo e ficando menos saudável e estão morrendo mais pessoas jovens hoje em dia, especialmente nas igrejas onde há afrodescendentes, por causa de doenças cardíacas). As empresas gostam de ter empregados saudáveis porque quanto mais saudável, mais produtivo e menos dias de folga.

3. Nas academias e spas. As pessoas que se preocupam com o corpo vão à academia e aos spas. Estas pessoas gostam de saber mais como poderão ser mais saudáveis. Eu sempre perguntei ao dono da academia quando poderia chegar para espalhar informações sobre dietas veganas. Pessoas que fazem musculação estão preocupadas mais com proteína, então sempre tive uma lista de fontes boas de comidas veganas com muita proteína, com pouca gordura saturada. Quando falei com homens, abordei a maneira como essas fontes podem ajudar a ter músculos com muita definição por causa da alta proteína com menos gordura animal. As pessoas que vão a um spa estão mais preocupadas com gordura, desintoxicando o corpo, emagrecendo etc. Então, sempre tive uma lista de comidas naturais com muita informação nutritiva e fiz cópias de bons artigos de saúde.

4. No mercado e/ou restaurante de comidas vegetarianas, orgânicas. Deixe a literatura vegana nesses lugares. Muitas vezes, há um lugar específico onde o gerente vai permitir informação educativa. Nota que também vale para este caso: imagens não devem estar na literatura quando estamos tentando atrair ao veganismo as pessoas interessadas na saúde. Primeiro, porque, precisamos lembrar quem é o nosso target audience, e segundo, não é muito bom ter imagens grosseiras de animais e sangue em um restaurante — só vai ter despesas ao imprimir ou comprar, porque muitos gerentes vão jogar os panfletos/materiais no lixo!

5. Nas corridas. As pessoas que correm o fazem “jogging” importam com a saúde. Sempre que há competições, encontra-se nas comunidades e, às vezes, nos sites de internet, um calendário com local e dia. Sempre fui com literatura para distribuir a este público. O final de uma competição (à linha da chegada) é um lugar ótimo para distribuir informação sobre uma dieta saudável (vegana), especialmente porque depois de correr, normalmente, tem comida para as pessoas que completam a corrida, e as pessoas se sentem vencedoras! O material mais popular que fiz era uma meia-página de informação sobre os benefícios de uma dieta vegana com uma lista de comidas veganas (com nome/marca) de substituições à carne (também com gramas de proteína e gordura). Copiei duas em uma página, em ambos lados, cortei e distribuí. Também tive sempre uma prancheta (clipboard) para que as pessoas interessadas tivessem a oportunidade escrever seu e-mail e número de telefone e recebessem um convite para os jantares vegetarianos que havia todo mês. Depois do evento, podia ver o aumento de visitas no meu site e sempre tive uma folha de cadastro nos jantares com um lugar para marcar de onde veio a pessoa (com a pergunta: “Como você ouviu do jantar?”. Respostas: corrida, internet, amigo, panfleta em ____ etc.). Dessa maneira, podia ver quem estava chegando ao jantar e de onde. O bom é que sempre tivemos muitas pessoas jovens, em boa forma, participando dos jantares. A maioria eram homens (e muitos deles solteiros). Isto atraiu muitas mulheres vegetarianas e os homens atléticos também ficavam felizes por haver tantas mulheres nos jantares . Embora eu não fizesse ativismo para ser “cupido”, tenho que confessar que tivemos muitos namoros no grupo!

Esta lista pode ser mais ampla… E aí, quais são as suas ideias e estratégias relacionada a ativismo em nome de saúde? O que tem funcionado ou não na sua experiência com esse grupo de pessoas que se preocupam da saúde? Quais são os bons sites na internet com esta informação? Compartilhem suas sugestões e comentarios, por favor! Colaboremos para salvar mais animais!!!

Você viu?

Ir para o topo