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Vidros: assassinos invisíveis de pássaros

25 de julho de 2010
2 min. de leitura
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Por Brenda Buschle  (da Redação – França)

Todo ano, um grande número de pássaros é pego pelos vidros. Para alertar os profissionais da construção e particulares, a Aspas (Associação pela Proteção dos Animais Selvagens), na França, lançou uma ação de sensibilização, financiada em parte pela Fundação 30 Millions Damis.

Varandas, pontos de ônibus, garagens de bicicletas, vitrais… Por causa da transparência ou por refletir o ambiente, o céu ou a vegetação, essas superfícies causam todos os dias acidentes mortais para os pássaros. O choque, muito violento, pode ser fatal, ou provocar lesões graves. A Aspas editou dois documentos para sensibilizar as pessoas dos perigos que representam nossas construções. Um à destinação do grande público, outro aos profissionais: “os prédios em vidro estão na moda. Quem constrói, mas também quem planeja as construções, como arquitetos, deve tomar medidas de proteção, tanto quanto as considerações estéticas”, diz Madline Reynaud, presidente da Aspas.

Foto: Reprodução/30 Millions D'amis

Mais mortal que uma maré negra

“Centenas de milhares de voadores são vítimas desses choques todos os anos”, diz Madline Reynaud. Um número alarmante, que ultrapassa o de uma maré negra, mas que passa relativamente despercebido pelas autoridades, como pelos cidadãos.

Segundo matéria publicada no site da Fundação 30 Millions Damis, entre os prédios perigosos estão: o do Ministério da Ecologia, da Energia, do Desenvolvimento e do Mar. Sua fachada, que reflete os vegetais, é mortal para os voadores.  Por outro lado, a pirâmide do Louvre reflete apenas os edifícios do célebre museu que o rodeia. “Ela não representa, assim, nenhum perigo”, confirma Madline Reynaud.

Soluções e ajustes simples

Certas regras podem ser aplicadas durante a construção dos edifícios: vidros com nervuras ou pintados, opacos ou superfícies envidraçadas de preferência com ângulo inclinado em vez de reto. Essas medidas permitem aos pássaros diferenciar a superfície envidraçada da realidade. Mas o que fazer pelos prédios já construídos e não adaptados? “Os ajustes são simples”, diz a presidente da Aspas, “basta instalar cortinas ou redes que indiquem aos pássaros que os vidros estão presentes”. Pode-se também afastar os alimentadores das janelas para evitar atrair os pássaros, ou ainda limitar a vegetação ao redor de um jardim de inverno.

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