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Homem mata 200 mil formigas para fazer uma "obra de arte"

17 de julho de 2010
3 min. de leitura
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O matador de formigas, Chris Trueman, usa a arte como motivo para fazer maldades. Foto: sem crédito

O norte-americano Chris Trueman, 32 anos, comprou formigas vivas pelo equivalente a R$ 875,00 para compor o que ele chama de “obra de arte”. Utilizando chumaços de algodão embebidos  em removedor de esmalte, Trueman matou todas elas e depois colou uma a uma com uma pinça em cima de uma fotografia ampliada.

A peça macabra apresenta a imagem de uma criança coberta com formigas mortas, mede 1,07 m x 1,22 m, e foi adquirida pelo equivalente a R$ 61.250,00 pela empresa norte-americana Ripley’s Believe It or Not, conhecida no Brasil pelo programa de TV, popular nos anos 80, “Acredite Se Quiser!”. Apresentada na época pelo ator Jack Palance, a atração mostrava apenas assuntos bizarros e assim continua.

De acordo com Trueman, a inspiração para a “obra” foi um acontecimento de infância: “Eu lembrei de quando tinha cinco anos de idade. Foi a primeira vez que intencionalmente tentei machucar uma vida inteligente. Meu irmão menor e eu pisamos num formigueiro de formigas vermelhas. Daí, decidi reviver aquele momento.”

E, para posar de bom moço, Trueman disse: “Eu levei alguns anos para terminá-la. Pensei até em parar. Mas concluí que as primeiras formigas teriam morrido em vão se eu não finalizasse o que comecei. Então, decidi continuar. Foi também um grande investimento, já que cada set de formigas custou alguns dólares.”

Trueman contou que inicialmente tentou capturar as formigas, mas percebeu que levaria anos para completar a tarefa. Mais tarde ele descobriu que poderia comprá-las em baldes: “As formigas são originalmente vendidas para pessoas que têm répteis exóticos como lagartos, que são comedores de formigas.”

Segundo ele, as primeiras reações à “obra” foram “nojento”, “assustador”, e completou que “depois as pessoas começam a perguntar da complexidade do trabalho e questionar se é certo matar pela arte, ou  qual o valor da vida de uma formiga.”

Quadro feito com formigas mortas (Foto: Telegraph)

Nota da Redação: É impressionante como a maldade se esconde por trás de ações travestidas de arte, de ciência e de tantas outras coisas. Antes do “artista” que ele diz ser, se mostra a pessoa má, cujo talento é usado para massacrar, para levar sofrimento. A formiga deve ser tratada com o mesmo respeito que queremos para todos os outros insetos, todos os animais. Elas vivem no mundo assustador da Terra, cheios de gigantes que oferecem perigo a todo momento. Não é justo usarmos nosso “poder”, nossa “superioridade” sobre outras formas de vida para fazermos crueldades. A arte sem ética é nada. Não tem valor. O que ele fez não é bizarro, é criminoso. Não é porque as formigas são pequenas que o crime é menor. A vida para elas é tão importante quanto achamos que as nossas são.



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