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Primeiros socorros para cães e gatos podem salvar vidas

22 de julho de 2010
4 min. de leitura
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Em situações de emergência, procedimentos rápidos são essenciais. Se o seu animal sofresse um acidente, você saberia o que fazer para salvá-lo, antes que ele pudesse ser atendido por um especialista? Em muitas situações de emergência, o bichinho não pode esperar pelo atendimento especializado, e é nessas horas que procedimentos simples e eficazes podem ser executados pelos próprios tutores.

Prevenir acidentes comuns — como afogamento, intoxicação e quedas — ainda é o melhor a fazer, mas, quando o pior acontece, é preciso ter calma para que o animal não sofra sequelas. Ter em mãos um manual do que fazer ainda em casa pode fazer toda a diferença.

Segundo a médica veterinária Tatiana Gomes, os casos mais atendidos na emergência, quando se trata de cães, são envenenamento, afogamento e atropelamento. Já com os gatos, as quedas são campeãs no atendimento de urgência. “Colocar uma escadinha na piscina, onde afogamentos são comuns, é uma boa maneira de evitar acidentes mais sérios. O problema não é o cachorro cair, é ele não conseguir sair da água”, orienta.

Observe os sintomas do bichinho antes de proceder com o salvamento inicial Foto: Stock Photos

Deixar objetos cortantes e tóxicos soltos pela casa, por exemplo, pode causar danos graves à saúde dos bichinhos. Sintomas de intoxicação, como vômito com sangue, salivação em excesso, perda de apetite e zonzeira, são avisos de que aquele pote de analgésico largado em cima da mesa foi devorado pelo animal. Se o tutor tiver a prova do descuido, é necessário levá-la ao veterinário para facilitar o diagnóstico.

Embora tomar os devidos cuidados em relação aos animais de estimação não exija muito esforço, vez ou outra, acidentes acontecem. De acordo com Tatiana, o melhor a fazer, principalmente quando não se sabe como agir, é levar o animal machucado imediatamente para o atendimento especializado. “Em casos de atropelamento, o animal deve ser levado o mais imobilizado possível, para não piorar a situação dele”, alerta.

“Tentar colocar uma tala pode ser pior quando a pessoa não sabe como fazer. O cachorro, quando ferido, pode reagir mordendo o próprio tutor”, explica. Apesar disso, o socorro imediato ainda em casa, em alguns casos, pode ajudar. Essa é a proposta da americana especializada em medicina de emergência Amy D. Shojai, que escreveu o livro Primeiros socorros para cães e gatos.

A obra, que ganhou recentemente uma versão em português, é um manual de como detectar sintomas, prevenir e proceder em acidentes. O livro foi feito com a colaboração de mais de 80 veterinários brasileiros e americanos, e ensina ao leitor técnicas básicas de primeiros socorros. Entre elas, como reanimar o bichinho no caso de parada cardiorrespiratória e como limpar ferimentos. Além disso, o tutor aprende a identificar o problema do animal a partir de sintomas que ele apresenta.

Um exemplo é a falta de apetite, que pode estar ligada a sérios problemas, como o torcicolo, a incontinência, a inalação de fumaça e até o edema na mandíbula.

Kit de Saúde Básico

O livro Primeiros socorros para cães e gatos lista alguns itens para compor um kit de primeiros socorros. Tenha em casa: termômetro clínico, tosquiador elétrico (para cortar os pelos nos locais de machucados), soro fisiológico e tesoura sem ponta. Um tutor de cão ou gato sem conhecimento da literatura veterinária nem se compara a um médico especialista no assunto, mas, em casos de emergência, um guia prático do que fazer em acidentes pode adiantar o trabalho dos veterinário e salvar a vida do animal de estimação.

Fique atento

Entre os mais de 150 acidentes para os quais o livro apresenta soluções, listamos passo a passo do que se deve fazer quando o bichinho sofre uma convulsão, mais comum em cachorros do que em gatos:

Convulsões

1º Leve o animal para um local seguro, para que, ao se debater, ele não se machuque.

2º Não tente segurar a língua do bichinho: as mordidas são fortes devido à situação dele. Além disso, ela não representa perigo, já que os animais não conseguem engoli-la.

3º Ligue o ar-condicionado ou o ventilador do ambiente. A convulsão superaquece o animal e ele precisa ser resfriado.

4º Mantenha o ambiente silencioso. O barulho pode prolongar a convulsão e agitar ainda mais o animal. Cubra o bichinho com um lençol para acalmá-lo e aguarde. A situação pode durar de 10 segundos a 3 minutos.

Sintomas

Como identificar por meio da mucosa do bichinho, o problema dele e a gravidade.

Mucosa rosa: normal, não há necessidade de levá-lo ao veterinário.

Mucosa azul: asfixia ou inalação de fumaça. É necessário consultar o veterinário imediatamente.

Mucosa pálida a branca: anemia ou choque. Chame o veterinário ou leve o bichinho o mais rápido possível.

Mucosa vermelho-cereja-brilhante: insolação ou intoxicação por monóxido de carbono. Leve o animal ao especialista imediatamente.

Mucosa amarela: problemas hepáticos. Embora não seja necessário levar o bichinho no mesmo momento ao veterinário, é preocupante. Portanto, tente levar ao menos no mesmo dia.

Fonte: Donna

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