EnglishEspañolPortuguês

Segundo estudo, animais com cérebros grandes têm maior longevidade

19 de julho de 2010
2 min. de leitura
A-
A+

Um estudo, publicado no Jornal of Evolutionary Biology, revela que os animais com cérebros maiores têm uma vida mais longa. Na investigação foram analisadas 493 espécies de mamíferos e confirmou-se as vantagens de possuir um cérebro maior.

César González-Lagos, autor principal do estudo e investigador no Centro de Investigação Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF) da Universidade Autônoma de Barcelona, explica: “Considera-se uma das vantagens da seleção natural possuir um cérebro grande por facilitar o desenvolvimento de novos comportamentos para responder a desafios ecológicos que o indivíduo não experimentou antes, como uma redução súbita dos alimentos ou o aparecimento de um novo predador”.

Os resultados do estudo revelam que “as espécies que desenvolveram cérebros maiores vivem mais anos do que as que têm cérebros mais pequenos, e portanto podem reproduzir-se mais vezes”, realça o autor.

Se um cérebro maior protege o animal, isto tende a traduzir-se numa melhor sobrevivência e uma vida mais longa. Segundo esta hipótese, o cérebro teria um papel protetor que permitiria reduzir a mortalidade e prolongar a vida reprodutora dos animais, de modo a compensar os custos energéticos e de desenvolvimento associados a um cérebro de grande dimensão.

A equipe analisou 493 espécies de mamíferos procedentes de distintas regiões do planeta. Segundo a hipótese acima referida, as evidências previstas no estudo são correlativas, ou seja, não indicam necessariamente causa-efeito.

No entanto, as análises sugerem que a relação entre o cérebro e a longevidade não se deve apenas ao fato de que as espécies com cérebros maiores tenham um desenvolvimento mais lento, vivam em determinadas regiões ou compartam os mesmos ancestrais evolutivos.

“Como a extensão do período de vida é central em muitas hipóteses sobre as vantagens de desenvolver cérebros grandes, estes resultados oferecem uma base sólida a seguir para construir uma teoria geral sobre a evolução do cérebro”, conclui César González-Lagos.

Fonte: Ciência Hoje

Você viu?

Ir para o topo