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Beija-flor é resgatado por menina de 7 anos em Americana (SP)

19 de julho de 2010
6 min. de leitura
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Em Americana, cidade do interior de São Paulo, uma história protagonizada por uma menina de sete anos, chamada Vitória, emociona e leva à reflexão. No caminho à escola no carro com a mãe Mirna Sestari Monte, Vitória avistou um pequeno pássaro no asfalto no meio da estrada, alertou a mãe e o resgatou.

Era um filhote, com poucas penas, e de início não dava para identificar a qual espécie pertencia o animal. Dona Mirna pegou o filhotinho, voltou para casa às pressas, pediu para a outra filha, Ilana, de 15 anos, cuidar dele até que voltasse da escola. “A gente não sabia que era um beija-flor, tinha só umas peninhas e estava com o bico aberto. Começamos a alimentá-lo com papinha de fubá e água doce e ele com a língua lambia o dedo da gente”. 


No dia seguinte, mãe e filhas foram até o Parque Ecológico de Americana, para saber se era mesmo um beija-flor e o que ele comia. Confirmaram que se tratava de um filhote de beija-flor e receberam a sugestão de continuar com a alimentação.

Mas o filhote piava muito e Dona Mirna ficou preocupada. Três dias depois de encontrar o filhotinho, num domingo, decidiu colocá-lo numa caixa, fora de casa, para tomar sol. Foi quando percebeu a mamãe beija-flor voando por perto. “Da janela, a gente ficava olhando. A mãe demorou um pouco para chegar, mas se acostumou e começou a alimentar o filhote. Todo mundo se emocionou. Eu achava mesmo que ele não estava bem com aquele fubazinho”, conta ela. A partir daí, o filhote passou a ser recolhido apenas durante a noite e a mãe dele se encarregou de cuidar durante o dia.

A espécie em questão é o conhecido tesourão (Campylopterus macrourus, antes denominado Eupetomena macroura). Quando adulto, mede 18 centímetros, o que faz dele uma das maiores espécies avistada nas cidades. É extremamente briguento e, se encontra uma planta carregada de flores, toma posse dela, não permitindo a aproximação de competidores. O tesourão, a exemplo de outros beija-flores, é uma ‘máquina’ de voar, capaz de parar no ar e dar marcha à ré. Também tem um coração capaz de bater, durante o voo, 1.100 vezes por minuto, desacelerando, à noite, para apenas 30 batimentos por minuto. 

Encontrado numa quinta-feira, o filhote estava recuperado uma semana depois; bateu asas e voou junto com a mãe até uma árvore da casa.

“Não tem dinheiro que pague você conseguir salvar um bichinho desses, a gente pretende que ele faça parte da família dele e não da nossa”, conta Dona Mirna.

Com informações do EPTV

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