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Cidade do Paraná faz campanha de conscientização

15 de julho de 2010
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O projeto de controle populacional de cães que está em discussão em Paiçandu (PR), ganhou reforços com a experiência do coordenador do curso de Medicina Veterinária do Cesumar, Rodrigo Jesus Paolozzi. De acordo com ele, as campanhas de conscientização, principalmente em escolas, são muito importantes, pois as crianças acabam atuando como agentes multiplicadores de boas ações.

Paolozzi acredita que, com o trabalho que a vereadora Eliana – responsável pelo projeto – está tentando iniciar em Paiçandu, os resultados aparecerão em médio e longo prazos. “Ainda nos reuniremos mais vezes com as lideranças de Paiçandu para que possamos auxiliar no controle de animais soltos pelas ruas”.

De acordo com o professor e médico veterinário, muita gente, de maneira errada, abandona os animais quando estes ficam velhos ou doentes, demonstrando profundo desrespeito com eles. “É por isso que eu sempre digo: quem não tem afeto pelo animal, nem deveria pegar para criar”.

Na opinião dele, a campanha de conscientização deve focar também a importância da castração dos animais, o que, inevitavelmente, resulta em redução de animais abandonados. Segundo Paolozzi, já está comprovado que até para a saúde das fêmeas é benéfica a castração antes do primeiro cio.

“Fêmeas castradas antes do primeiro cio têm menos probabilidade de desenvolver tumores de mama. Outras doenças futuras do sistema reprodutor dos animais também podem ser evitadas com a castração”, explica.

Protetor

Um morador da cidade é responsável por cuidar de 122 cachorros. Ele não quis se identificar para esta matéria. Diz que, se descobrirem onde mora, continuarão abandonando animais na entrada da sua residência e que já não tem suporte para pegar outros animais.

Aliás, foi desse jeito, acolhendo animais abandonados, que hoje ele cuida de 122 cachorros. Desse total, menos de dez são animais que não recolheu.

Já são quinze anos tratando de cachorros e, por conta da experiência, hoje chama todos pelo nome. “É igual à professora, que aprende o nome de todos os alunos”, comenta.

Para não desanimar nesse seu digno papel, o cuidador de cães diz nunca ter feito as contas de quanto gasta com alimentação, vermífugos e vacinas. Aliás, para não correr riscos, conta com estoque de medicamentos em seu próprio lar.

Quando perguntado sobre o que fazia quando algum cachorro morria, o senhor procura mudar de assunto. Acha muito triste a morte do bichinho. “Nem fala em morrer, moço. Dá um dó quando morre”.

Se alguém pedir algum cachorro para cuidar, ele faz questão de doar. Porém, ressalta com seriedade: “eu dou o cachorro, mas se eu descobrir que não estão cuidando direito, eu pego de volta”.

Fonte: O Diário

Contra o abandono
Projeto de controle de natalidade de animais em Paiçandu (PR) ganha reforços
O projeto de controle de zoonoses e natalidade dos cães que está em discussão em Paiçandu (PR), ganhou reforços com a experiência do coordenador do curso de Medicina Veterinária do Cesumar, Rodrigo Jesus Paolozzi. De acordo com ele, as campanhas de conscientização, principalmente em escolas são muito importantes, pois as crianças acabam atuando como agentes multiplicadores de boas ações.
Paolozzi acredita que, com o trabalho que a vereadora Eliana – responsável pelo projeto – está tentando iniciar em Paiçandu, os resultados aparecerão em médio e longo prazo. “Ainda nos reuniremos mais vezes com as lideranças de Paiçandu para que possamos auxiliar no controle de animais soltos pelas ruas”.
De acordo com o professor e médico veterinário, muita gente, de maneira errada, abandona os animais quando estes ficam velhos ou doentes, demonstrando profundo desrespeito com o bicho. “É por isso que eu sempre digo: quem não tem afeto pelo animal, nem deveria pegar para criar”.
Na opinião dele, a campanha de conscientização deve focar também a importância da castração dos animais, o que, inevitavelmente, resulta em redução de animais abandonados. Segundo Paolozzi, já está comprovado que até para a saúde das fêmeas é benéfica a castração antes do primeiro cio.
“Fêmeas castradas antes do primeiro cio têm menos probabilidade de desenvolver tumores de mama. Outras doenças futuras do sistema reprodutor dos animais também podem ser evitadas com a castração”, explica.
Protetor
Um morador da cidade cuida de 122 cachorros. Ele não quis se identificar para esta matéria. Diz que, se descobrirem onde mora, continuarão abandonando animais na entrada da sua residência e que já não tem suporte para pegar outros animais.
Aliás, foi desse jeito, acolhendo animais abandonados, que hoje ele cuida de 122 cachorros. Desse total, menos de dez são animais que não recolheu.
Já são quinze anos tratando de cachorros e, por conta da experiência, hoje chama todos pelo nome. “É igual a professora, que aprende o nome de todos os alunos”, comenta.
Para não desanimar nesse seu digno papel, o cuidador de cães diz nunca ter feito as contas de quanto gasta com alimentação (quirela de arros, quirela de milho e restos de carne de açougues), vermífugos e vacinas. Aliás, para não correr riscos, conta com estoque de medicamentos em seu próprio lar.
Quando perguntado sobre o que fazia quando algum cachorro morria, o senhor procura mudar de assunto. Acha muito triste a morte do bichinho. “Nem fala em morrer, moço. Dá uma dó quando morre”.


Fonte: O Diário
Se alguém pedir algum cachorro para cuidar, ele faz questão de doar. Porém, ressalta com seriedade: “eu dou o cachorro, mas se eu descobrir que não estão cuidando direito, eu pego de volta”.

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