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O cavalo que pode ser visto do Google Earth e a Copa do Mundo

6 de julho de 2010
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

O Brasil, ao perder a copa, logo começou a liquidar toda quinquilharia ligada ao “patriotismo”: bandeiras, vuvuzelas, camisetas. No dia seguinte ao ocorrido, havia camisetas por R$4,00, que antes custavam R$30,00.

O povo brasileiro, que só ama o país durante os jogos da copa, já começa a preocupar-se em vender as peças verde-amarelas, que não atraem mais ninguém.

Diferente de outros países que ostentam sua bandeira em roupas, mobiliário e onde mais puderem, aqui há uma vergonha de usar as cores do país.

Incrívelmente o chinelo Havaianas com a bandeira do Brasil é o mais desejado pelos turistas estrangeiros. É vendido por pequena fortuna e considerado artigo de luxo em países como Portugal e Espanha, por exemplo, onde custa o equivalente a R$40,00.

Na próxima copa, em 2014, Porto Alegre se prepara para receber os jogos. Estamos torcendo para que, até lá, a situação dos cavalos de Porto Alegre e região esteja um pouco melhor, já que a lei que retira das ruas as carroças e os exploradores de cavalos está para ser implantada até 2016, em Porto Alegre. Esperamos que o atual prefeito, se não por consciência, mas talvez por vergonha de receber turistas numa cidade tão bonita, mas com carroças estupidamente lotadas, com crianças dirigindo e cavalos torturados, tenha coragem de implantar um modelo mais decente para estas pessoas e um destino digno para os milhares de cavalos que servem de escravos e receptores de toda violência possível.

As cenas que estamos vendo, de cavalos humilhados, torturados e desfigurados pela maldade, são comuns e diárias. Ontem mesmo aconteceu aqui, na Avenida Osvaldo Aranha. Só mesmo quem não acompanha notíciários é que vem nos dizer que isto é raridade, que apenas alguns casos acontecem. Que a maioria trata superbem os cavalos etc. Mentira. Uma rápida pesquisa já desmente essa falácia.

Estamos torcendo pelo Brasil, até a próxima copa. Que o espírito de amor ao país comece de alguma forma, quem sabe com mais dignidade aqui dentro. Antes de mandarem jogadores e gastarem uma fortuna lá fora, que comecem reformando a consciência e a humanidade de cada cidadão.

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