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Tigres siberianos estão ameaçados de extinção

30 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Pode não demorar muito para testemunharmos a extinção de uma das seis espécies de tigres do mundo, o siberiano (Panthera tigris altaica) ou tigre de Amur. As populações caíram vertiginosamente nos últimos anos para cerca de 250 animais e a espécie enfrenta um gargalo genético que a põe em risco de consanguinidade. Agora, uma doença misteriosa começou a se espalhar pela população, causando a morte de quatro tigres adultos e de vários recém-nascidos nos últimos dez meses.

Tigre de Amur: caçadores são também responsáveis pela extinção (Foto: Wikipédia)

“Podemos estar testemunhando uma epidemia na população dos tigres siberianos”, Miquelle Dale, diretor do programa russo Wildlife Conservation Society (WCS), ao Guardian.

A doença, ainda não identificada, parece afetar a capacidade de os animais obterem alimento. Deixando-os em um estado enfraquecido e com fome, os quatro tigres infectados começaram a chegar a território humano em busca de comida fácil. Eles acabaram sendo mortos, pois eram vistos como ameaças potenciais para as pessoas.

A morte mais recente foi uma fêmea de 10 anos chamada Galya, que tinha sido seguida e estudada muito tempo pela WCS. Enquanto saudável, Galya chegou a pesar 140 kg. Quando baleada, pesava apenas 90 kg. Galya recentemente abandonou seus filhotes de três semanas, os quais foram encontrados mortos sem nenhum alimento na barriga.

A doença foi observada pela primeira vez em um tigre macho no ano passado.

“Estamos extremamente preocupados com a possibilidade de uma epidemia que poderia acabar com todos esses tigres”, disse Miquelle. “Os animais que temos estudado extensivamente demonstraram uma mudança radical de comportamento, o que é extremamente preocupante.”

Esses belos animais, que já enfrentam o grande perigo de caçadores, responsáveis por matar cerca de 30 a 50 tigres por ano, agora são atingidos por essa nova doença. “O aumento de óbitos provocados pela doença nessa população poderia chegar a um ponto de não retorno”, disse Miquelle ao Guardian.

Com informações da Scientific American

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