EnglishEspañolPortuguês

Negociações sobre moratória de caça à baleia não têm sucesso

23 de junho de 2010
1 min. de leitura
A-
A+

As negociações sobre a substituição da moratória sobre a caça de baleias por um sistema de abate controlado serão suspensas por um ano, segundo disseram nesta quarta-feira (23), representantes no encontro da Comissão Internacional Baleeira.

A moratória foi introduzida há 24 anos para interromper a queda acentuada no número de baleias, mas o Japão, a Noruega e a Islândia têm capturado milhares de baleias desde a década de 1980, argumentando que não estão sujeitos a uma proibição total, apesar da condenação internacional.

O compromisso apresentado pelo presidente chileno da comissão e por seu vice seria de revogar a moratória por 10 anos, mas imporia controles rígidos sobre a caça à baleia. A tentativa de negociação foi vista como a melhor chance em anos para voltar a alinhar as nações ‘baleeiras’ com as propostas da comissão.

“Isso significa que essas negociações estão concluídas”, disse Sue Lieberman, que comandava a delegação anticaça Pew Environment Group nas negociações. “Há agora um risco de aumento na caça às baleias pelo Japão.”

Alguns representantes da comissão disseram que as negociações fracassaram porque o Japão tinha concordado em reduzir seu abate anual, mas se recusou a parar de caçar no Oceano Antártico, onde quatro quintos das baleias vão para a alimentação. Mas muitas nações anticaça se recusaram a considerar um acordo que poria fim à moratória.

“Estou muito satisfeito pelo fato de que, nesta manhã, ficou claro e confirmado que a comissão não vai explorar a perspectiva de caça comercial de baleias no futuro”, disse o ministro do Meio Ambiente australiano Peter Garrett.

Um representante japonês disse à Reuters que a falta de acordo sobre o santuário de baleias no Oceano Antártico causou a interrupção das negociações, mas disse que o Japão não tem culpa.

Com informações do Estadão

Você viu?

Ir para o topo