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Ministério do Ambiente de Portugal chumba barragem para preservar mexilhão raro

22 de junho de 2010
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Uma das quatro barragens previstas para a “Cascata do Alto Tâmega” – Padroselos, Daivões, Gouvães e Alto Tâmega (Vidago) – foi chumbada pelo Ministério do Ambiente.

A declaração de impacto ambiental, divulgada pelo gabinete de Dulce Pássaro reconhece ainda que as outras três hidroelétricas também têm impactos significativos e, por isso, limita a altura dos paredões que vão reter a água e criar as albufeiras. Na prática, foi apenas autorizada a cota mais baixa dos projetos.

O estudo de impacto ambiental para a barragem de Padroselos, que detectou a existência de um mexilhão raro, alertou para a ameaça que constituiria para a espécie, protegida na Europa, a construção da nova barragem.

Ricardo Marques, da associação ambientalista Quercus, notou que o Ministério do Ambiente não tinha grande alternativa senão chumbar o projeto de barragem para Padronelos. “Era muito difícil contornar o prejuízo que isso iria causar a uma espécie protegida, por isso era de esperar esta decisão do Executivo”, disse.

Em relação às restantes três barragens previstas para o Alto Tâmega e que o Governo autorizou, a Quercus entende que não deviam sair do papel.

Apesar de serem menos agressivas, as três barragens têm impactos negativos no ecossistema, alerta a Quercus.

Ricardo Marques frisou que os “benefícios da pouca percentagem de energia elétrica que conseguimos aumentar na rede com as barragens não justificam os efeitos negativos, já que implicam a interrupção de um corredor ecológico”.

Fonte: TSF

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