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Estudos comportamentais indicam que abuso de animais pode levar à violência doméstica

22 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Por Rachel Siqueira  (da Redação – EUA)

Um homem que, ao ficar irritado, chega em casa e chuta o cachorro, está mais propenso a abusar de sua família, diz o escritório distrital de advocacia do Condado de Middlesex, em Boston, EUA – citando estatísticas preocupantes que mostram que 75% das vítimas de violência doméstica dizem que seus parceiros ameaçaram, feriram ou mataram seus animais de estimação, antes de partir para o abuso de familiares.

De acordo com matéria feita pelo site americano The Boston Channel, a frequente ligação entre o abuso de animais e a violência doméstica contra seres humanos é o tema do primeiro programa no país de treino para policiais, que visa capacitá-los a reconhecer potenciais agressores.

A perícia é importante, diz o escritório da promotoria de Middlesex, pois em alguns casos pode ser mais fácil condenar alguém por abuso animal que por violência doméstica, protegendo assim vítimas humanas antes que um agressor tenha a chance de atacá-las.

“Muitas vezes, a vítima não irá testemunhar contra um agressor”, diz o promotor publico Gerry Leone, em uma declaração preparada; “mas penas por crueldade contra animais podem resultar no encarceramento do criminoso ou no recebimento de uma punição equivalente ao que resultaria de um caso de violência doméstica”.

Oitenta e três por cento dos 50 abrigos pesquisados relataram ter visto casos de abuso doméstico e animal existentes lado a lado, de acordo com dados fornecidos pelo escritório da promotoria. As estatísticas vêm de um estudo realizado pelo professor Frank Ascione, da Universidade Estatual de Utah.

O estudo ainda mostra que  até 25% das vítimas de abuso disseram que a segurança de seus animais de estimação teria influenciado sua decisão de deixar o seu parceiro.

Vários palestrantes devem contribuir para o programa de treino policial, incluindo Lorna Grande do “Human Animal Violence Education Network”; Kelly Mulcahy, assistente do promotor público; Jeff Kemp, da polícia de Pittsfield e Pedro Gollub, diretor da Polícia da “Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty to Animals”.

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