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Japão é novamente acusado de corrupção na caça às baleias

21 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Uma empresa vinculada a um empresário japonês pagou a conta do hotel do presidente da Comissão Baleeira Internacional (CBI), afirmou neste domingo (20) o Sunday Times, revelando novas acusações de corrupção, às vésperas de uma reunião crucial da instituição.

Segundo o jornal dominical britânico, a Japan Tours and Travel Inc, uma companhia americana com sede em Houston (Texas), vinculada ao empresário japonês Hideuki “Harry” Wakasa, pagou adiantado cerca de 6.000 dólares para a estadia de Anthony Liverpool, presidente interino da CBI, em Agadir, localidade costeira marroquina onde começará na segunda-feira (21) a reunião anual da comissão.

Quando Liverpool, embaixador de Antigua e Barbuda no Japão, chegou ao hotel Atlas Amadil Beach de Agadir em 13 de junho, sua conta já tinha sido paga por 15 dias, afirma o Sunday Times.

Questionado por um jornalista da publicação, o presidente interino da CBI não negou que a empresa tivesse pagado sua fatura, mas afirmou que não se tratava do governo japonês.

O Sunday Times já tinha afirmado há uma semana dispor de provas que demonstram que representantes africanos e caribenhos tinham aceitado votar a favor da caça às baleias depois de ter recebido promessas de ajuda do Japão, além de dinheiro e prostitutas.

A CBI reúne-se a partir de segunda-feira em Agadir para estudar uma flexibilização – defendida pelo Japão – da moratória sobre a caça às baleias, em vigor desde 1986.

Reprodução: AFP
Com a condição de limitar a caça aos três países – Noruega, Islândia e Japão – que a praticam atualmente com pretexto “científico”, a CBI lhes ofereceria nos 10 próximos anos cotas que legalizariam sua atividade, especialmente no oceano austral, declarado “santuário” desde 1994. Assim, todas as formas de caça passariam por seu controle.

Fonte: AFP

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