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Cães fazem terapia para enfrentar o medo de fogos de artifício

20 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Todo jogo do Brasil é dia de tormento para Mel. Com a explosão dos fogos de artifício, ela tentou o “suicídio” duas vezes. Só não morreu, tadinha, porque pulou da sacada do primeiro andar.

O medo de rojões da cadela vira-lata de 4 anos é tanto que, no jogo contra a Coreia do Norte, na terça (15), ela conseguiu abrir a porta e fugiu. Só foi achada tempos depois.

Para aliviar traumas como o de Mel, canis têm usado CDs de sons de fogos de artifício, acupuntura e homeopatia com florais de bach.

Entre os problemas enfrentados pelos cachorros estão fuga, enforcamento nas coleiras ou morte por torção de estômago e convulsões.

“Ela comeu a rede de proteção da varanda e pulou”, diz a farmacêutica Tatiana Gaban, tutora da Mel. A cachorra já tomou até dramin e maracujina, sem sucesso.

Outra cachorra em tratamento é Flora, uma golden retriever de 7 anos. “Quando passa perto de uma corneta ou qualquer coisa que remeta aos jogos, ela sai correndo. Tenho medo de ela ter um ataque do coração”, diz Fábio Ribas Molinari, o tutor.

O fisioterapeuta teve de comprar uma caixa de transporte, onde Flora se sente mais segura, para trancá-la nos dias de jogos no segundo subsolo da garagem.

Segundo os tratadores, o medo vem da maneira como os animais foram “sociabilizados” quando eram filhotes e nada tem a ver com a raça.

“Tutores não podem mostrar preocupação e ansiedade nos jogos para não passar insegurança para os cães”, diz Raquel Hama, dona do canil Dogwalker.

O tratamento contra o pânico, feito ao longo do ano, custa R$ 70 por sessão, e os florais são aplicados ao menos 15 dias antes dos jogos.

“Nesta época de Copa, recomendamos colocar algodões nos ouvidos e tocar música. Meu cão adora Rita Lee”, afirma Marta Carmello, veterinária acupunturista.

Fonte: Mídia News


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