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70 aves são apreendidas e passarinheiros multados em operação relâmpago

12 de junho de 2010
2 min. de leitura
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O Ibama apreendeu na manhã de hoje 70 aves silvestres mantidas em cativeiro durante uma operação-relâmpago em Benevides, a 25 km de Belém, no Pará. Vinte e três animais estavam em poder de passarinheiros e 47 no plantel de um criador amadorista. Durante a ação, os fiscais aplicaram R$ 75 mil em multas. Os pássaros sem anilha serão destinados a criatórios conservacionistas na capital e, se possível, devolvidos à natureza.

Batizada de Terra Livre (por Benevides  ter sido o primeiro município brasileiro a libertar os escravos), a operação-relâmpago durou apenas quatro horas. Os agentes chegaram na cidade às 6h e até as 10h abordaram passarinheiros portando gaiolas nas ruas, vistoriaram pontos de captura de aves na mata e fiscalizaram os pássaros de um grande criador de curiós e bicudos da cidade.

Apesar de cadastrado no Ibama, o criador teve todas as aves apreendidas. Entre as irregularidades constatadas no seu plantel, havia pássaros sem anilha de identificação do Ibama e diferença na quantidade de animais nas gaiolas e o informado no Sistema de Cadastro de Criadores Amadoristas de Passeriformes (Sispass).

Chamou a atenção durante a Terra Livre, segundo os fiscais, o fato de quase todos os passarinheiros com aves ilegais tentarem apresentar a carteira de membro da Associação Amigos Defensores dos Pássaros da Amazônia (Adpam) como se este fosse um “documento” válido para a legalização do animal.

“É mais uma demonstração de que essa associação não tem nada de conservacionista e que vem ludibriando seus associados, induzindo-os a práticas de crimes ambientais”, diz o chefe da Divisão de Fauna do Ibama no Pará, Leandro Aranha que, em 20 de maio, apreendeu farto material de propaganda e de cadastro da Adpam num criadouro de curiós num bar, também em Belém.

A multa por manter um pássaro silvestre em cativeiro sem autorização do Ibama é de R$ 500 por ave. Se for uma espécie ameaçada de extinção como arara, periquito e papagaio, por exemplo, a sanção sobe para R$ 5 mil por indivíduo.

Fonte: Diário do Pará


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