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Tatuar gatos da raça Sphynx torna-se "moda" entre tutores sádicos

10 de junho de 2010
2 min. de leitura
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Por Fernanda Franco   (da Redação)

foto de um gato tatuado, numa mesa cirúrgica
Foto: Reprodução/The Cat's Meow

Dóceis e carinhosos, os gatos da raça Sphynx – uma raça de felinos que não possuem pelos e cuja pele é muito sensível ao calor – estão sendo vítimas do sadismo e da irresponsabilidade de alguns tutores.

Com a intenção de fazer do corpo desses animais telas de pintura, e sob os mais variados pretextos, alguns tutores estão tatuando desenhos na pele ultrassensível desses felinos.

Mickey, um gato Sphynx que vive com sua tutora na Rússia, precisou ser anestesiado antes de ser submetido ao doloroso procedimento de tatuagem no pescoço e no tórax. A sessão durou três horas.

Oksana Popova, tutora do gato, diz que decidiu tatuar o animal para “celebrar os bons tempos que atualmente pairam sobre a Rússia”.

foto da tutora russa com seu gato tatuado
Foto: Reprodução/The Cat's Meow

Ativistas pelos direitos animais estão indignados. Irina Novozhilova, uma defensora dos animais em Moscou, condena o procedimento, alegando que se trata de uma prática bárbara e cruel. Segundo a ativista, as pessoas ainda tomam atitudes egoístas em relação aos animais e se “esquecem” de respeitá-los.

Nota da Redação: Se queremos celebrar o quer que seja, façamos isso com nossos próprios corpos, pois não temos o direito de interferir ou de causar danos à integridade física ou emocional de nenhum outro ser. O adjetivo mais preciso que podemos atribuir a esse tipo de prática invasiva e desrespeitosa, que foge completamente da natureza dos animais não humanos, é: criminoso. Não podemos aceitar uma cultura que veja animais como telas de pintura, como meios ou objetos para cumprir objetivos perversos. Submeter outros seres a condições de maus-tratos, obrigando-os a viver o que não pertence à sua natureza ou escolha, é violência e, portanto, um ato criminoso.

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