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Golfinhos têm complexo repertório de sons, revelam cientistas

7 de junho de 2010
2 min. de leitura
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A pesquisa mais completa já feita sobre a importância e o repertório dos sons emitidos pelos golfinhos, realizada pelo Instituto Italiano de Investigação dos Golfinhos (BDRI), mostra que os ruídos que os animais emitem são vitais para a vida social deles e refletem seu comportamento dentro do grupo. Até agora, os cientistas acreditavam que havia pouca variação entre os ruídos emitidos pelos mamíferos e desconheciam a importância das outras formas de comunicação.

Foto: Reuters


Os sons evitam o conflito físico e mantêm uma ordem hierárquica dentro da comunidade. “Esses sons evitam o conflito físico, sendo uma forma importante de poupar energia”, explica o cientista espanhol Bruno Díaz, autor do estudo e diretor do BDRI.

O trabalho, que vai virar o livro Dolphins: Anatomy, Behaviour and Threats (Golfinhos: anatomia, comportamento e ameaças), apresenta o mais completo repertório de sons dos mamíferos identificados pelos cientistas desde 2005 nas águas de Cerdeña, na Itália.

Segundo os cientistas, os sons mais melódicos, como assobios, permitem que os golfinhos mantenham-se mais próximos de suas mães e são importantes para coordenar estratégias de caça. Os pulsáteis, mais complexos e variados que os assobios, são usados para evitar as agressões físicas em condições de muita excitação, quando competem pelo mesmo alimento, por exemplo, explica Díaz.

De acordo com Díaz, os golfinhos emitem sons mais longos durante momentos de agressividade. “São aqueles sons que escutamos melhor e por mais tempo e permitem manter o padrão hierárquico de cada um”. 

Perante a presença de outros que brigam pelo mesmo alimento, os golfinhos emitem sons estridentes. Aquele que ocupa uma posição hierárquica mais baixa abandona aos poucos a presa para evitar o enfrentamento. “O surpreendente é que esses sons têm um sentido único, muito diferente dos emitidos pelos humanos. Um golfinho pode enviar um som para outro e simplesmente o acordo está feito”, explica o cientista.

Fonte: O Globo

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