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Segundo os gregos, a coruja é o símbolo da sabedoria

30 de maio de 2010
3 min. de leitura
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Carlos Eduardo Ajala Vieira, 9 anos, de São Caetano, adora aves e está sempre observando o voo delas. O garoto acredita que a coruja é considerada o símbolo da sabedoria porque deve ser tão curiosa quanto ele. “Essa ave está sempre observando. Fica em alerta, olhando para todos os lados sem parar; por isso, deve ter surgido essa história.”

foto de uma coruja
Foto: Reprodução/Diário do Grande ABC

Os gregos diziam que a coruja é o símbolo da sabedoria porque consideravam a noite como o momento da revelação intelectual e do pensamento filosófico, e a coruja, por ter hábitos noturnos, acabou representando a busca pelo saber. Por causa disso, a deusa Atena tinha uma coruja como mascote. Ao longo dos tempos, outros bichos foram usados para representar a sabedoria, como a tartaruga, entre os chineses, e o salmão, para os celtas.

Há outra explicação que diz que essa ave, com olhos grandes e desproporcionais, também é símbolo da feiura. Antigamente, era chamada de ugla, palavra que imita o som emitido por ela, que depois deu origem para a ugly, que significa feio em inglês.

No entanto, em algumas culturas é cercada por crendices que fazem com que o homem não a queira por perto. Os romanos acreditavam que a coruja trazia má sorte e seu canto anunciava que alguém iria morrer. Muitos ainda dizem que ela traz azar quando sobrevoa a casa. Mas os índios garantem que dá sorte.

Nem todas são noturnas

A coruja tem olhos grandes, bico curvo e afiado e cara redonda dividida, geralmente, por dois círculos chamados de discos faciais. São conhecidas 126 espécies, das quais 18 vivem no Brasil. Tem tamanho e coloração variados. Com exceção da Antártica, estão em todos os continentes, incluindo o Ártico, onde vive a coruja-das-neves, ave de Harry Potter.

Seus olhos não se movimentam, por isso, a cabeça consegue girar e dar quase uma volta completa para poder seguir algo em movimento. É como se o pescoço girasse 270 graus (o humano consegue no máximo um terço disso). A maioria tem hábitos noturnos, mas é comum vê-las de dia, como a coruja-buraqueira.

Mãe-coruja

A expressão surgiu de uma fábula e define a mãe que acha os filhos perfeitos e lindos. Conta-se que a coruja pediu à águia para não comer seus filhotes, descrevendo-os como lindas aves, com bicos bem-feitos e pelagem exuberante. Prometendo que não os atacaria, a águia achou um ninho e devorou as aves de lá. Quando a coruja chegou e viu o que tinha ocorrido, acusou a águia de falsa. Ela argumentou que tinha encontrado pequenas aves depenadas, sem bico e com olhos tapados. Comeu-as com a certeza de que não eram os filhotes da coruja, descritos pela mãe como lindos. A águia disse que a coruja a tinha enganado com sua cegueira de mãe. A história indica que os filhos são perfeitos aos olhos dos pais.

Corujas

* A coruja tem bico bem forte. É a única ave capaz de piscar apenas um olho, como a gente. As penas ao redor da cara funcionam como ouvido; elas não têm orelhas.

* A coruja-orelhuda parece que tem ‘orelhas” em pé, mas, na verdade, são tufos de penas

* A coruja-do-campo ou buraqueira vive em buracos cavados na terra. O macho é pouco maior que a fêmea

* A coruja-das-neves é a mascote do Harry Potter. O macho é todo branco, a fêmea tem algumas penas escuras

* Coruja-da-igreja é muito comum no Brasil, conhecida por permanecer nas torres dos templos

Com informações do Diário do Grande ABC

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