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Grupo de esquerda queixa-se de falta de verbas para monitorar população de golfinhos

20 de maio de 2010
2 min. de leitura
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Grupos de esquerda contestaram nesta quinta-feira (20), em Portugal, a falta de financiamento por parte do governo para o plano de monitoração dos golfinhos do Estuário do Sado, orçado em 2,1 milhões de euros.

Foto: Reprodução/IOL Diário

“A falta de verbas para implementar o plano e o consequente incumprimento da calendarização prevista revelam o desprezo que o Ministério do Ambiente continua a demonstrar pela preservação da fauna e toda a zona do Estuário do Sado”, sustenta o Bloco de Esquerda, num requerimento que deu entrada esta quinta-feira na Assembleia da República.

Entre outras perguntas dirigidas ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, o Bloco de Esquerda pede justificativas sobre a demora na implementação do plano, que deveria vigorar entre 2009 e 2013, bem como sobre o risco de incumprimento das medidas e dos objetivos do projeto, apresentado em 20 de maio do ano passado.

Por outro lado, os bloquistas questionam também a tutela sobre os meios de financiamento necessários para implementar as medidas previstas no plano de ação.

Apenas 25 indivíduos

O requerimento do BE recorda que a população de golfinhos do estuário do Sado constitui um dos poucos núcleos residentes a nível europeu e o único em Portugal.

O Bloco de Esquerda salienta também que, nas últimas duas décadas, se verificou um declínio de 38% dos golfinhos-roazes do estuário do Sado, uma população atualmente envelhecida de apenas 25 indivíduos.

O documento refere ainda que, segundo especialistas do setor, “a poluição da água, o tráfego marítimo, a pesca e a poluição sonora podem levar à extinção desta população em apenas 10 a 15 anos”.

O Bloco de Esquerda foi um dos partidos que se sempre se manifestaram contra a viabilização do empreendimento turístico-imobiliário Troiaresort, do grupo Sonae, e contra o novo cais dos ferryboats em Troia.

De acordo com o Bloco de Esquerda, a construção do novo cais determinou a alteração da rota dos ferryboats, que não só “afeta profundamente os hábitos da população setubalense no acesso às praias”, como também “colide com o habitat preferencial e zona de alimentação da comunidade de golfinhos roazes do estuário Sado”.

Com informações do IOL Diário

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