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Animais do Zimbábue enviados para parques da Coreia do Norte morrem de estresse

18 de maio de 2010
2 min. de leitura
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O diretor dos parques nacionais do Zimbábue tinha dito que dois elefantes, duas girafas, dois facoceros (espécie de porco-do-mato), duas zebras e dois daimões das rochas eram os animais que seguiriam para a cidade coreana Pyongyang, mas informações recolhidas pelos conservacionistas dão a entender que serão muito mais do que estes, o que tem sido chamado de uma autêntica “Arca de Noé”.


Foto: Sebastian Derungs/Reuters


Segundo o coordenador da Zimbabwe Conservation Task Force, Johnny Rodrigues, uma girafa já morreu de estresse, há dois meses, por ter sido aprisionada e ter deixado de andar livremente no Parque Nacional Hwange.


Algumas das versões que têm vindo à imprensa internacional dizem que esta amostra de muitas das 48 espécies do Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, será uma oferta do presidente Robert Mugabe ao seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-il. Mas a direção dos Parques Nacionais prefere falar de uma transação comercial, pagando à Coreia do Norte pelo que vai receber.


“Não creio que os animais sobrevivam naquele país, porque é muito frio e eles estão habituados a viver num clima muito quente. Além de que deixam de andar soltos na savana africana para serem mantidos em cativeiro num zoológico, para o resto da vida”, afirmou Rodrigues, segundo o qual se trata de uma transferência “muito cruel”.


Johnny Rodrigues disse já ter sido avisado de que “se encontra em sarilhos” por ter dado a conhecer esta operação de fazer viajar para o Extremo Oriente toda uma vasta gama de animais africanos, incluindo dois elefantes de apenas 18 meses, idade considerada precoce para que sejam afastados das mães.


Uma fonte do Jardim Zoológico de Lisboa reconheceu “ser sempre um risco” uma viagem de cerca de 11.000 quilômetros para uma série de espécies, tudo dependendo das condições e do tipo de instalações que estiverem preparadas para receber os animais em questão.

Fonte: Público

Nota da Redação: Um absurdo atrás do outro. Além de tirarem os animais do habitat natural, vetam sua liberdade ao aprisioná-los em um Zoológico que, além de todas as péssimas condições já conhecidas, apresenta um clima completamente diferente do que estão habituados. Para completar a crueldade, ainda separam filhotes de suas mães e o fazem na idade considerada precoce. E como se já não bastasse, a “autoridade” não deixa claro o número de animais que serão realmente transferidos. Agressão, falta de discernimento, antiética, desrespeito e crueldade marcam a atitude deste governo que ainda o faz, ao que parece, por interesses comerciais. Vergonhoso e revoltante.


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