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Moradora de Ouvidor, GO, sofre com o descaso em relação aos animais

14 de maio de 2010
2 min. de leitura
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Sonia Dezute
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Moro no interior de Goias, na cidade de Ouvidor. Trata-se de uma cidade muito rica por causa das mineradoras que aqui se instalaram, mas a consciência das pessoas em relação aos animais abandonados é zero. Saída de Bragança Paulista onde atua a “Faros d’Ajuda”, com a qual ainda colaboro, estranhei muito o comportamento do povo daqui.

Animais são violentados, espancados e abandonados a própria sorte como se fossem lixo. Foi nessas condições que encontrei a Tatah. Coberta de sarna e com sinais de violência, não tinha um único pelo no corpo, tomou uma bacia de água e comeu toda a ração do meu cachorro (também resgatado numa pista de Piedade/São Paulo). Voltou no dia seguinte batendo a pata no portão.

Apesar de toda a minha dificuldade de cadeirante, dei um banho de Tetmosol nela com a ajuda de minha filha. Ela se debatia de medo por estar recebendo o toque de mãos. Virou uma rainha depois de algumas semanas e se alojou no quartinho da lavanderia. O fato é que ela é um animal imenso acostumado com a liberdade das ruas e sai todas as noites aprontando a maior choradeira, além de roer tudo o que encontra (cestos, cadeira, placa do carro, etc) caso não abra o portão para ela. Pasmem: a coitadinha vai tomar conta do portão da antiga tutora que a enxota com pedradas.

Enfim, a Tatah entrou no cio e eu e minha filhinha acabamos sendo alvo de injúrias de vizinhos que chegaram até mesmo a dar chumbinho para o meu cachorro. Apesar de ser uma região agrícola, não existe canil, Centro de Zoonoses nem veterinários por aqui. Salvei meu cão com água oxigenada. Entrei em contato com a SPAC em Catalão para conseguir castração para a minha cadela, mas eu acredito que o presidente dessa associação deva ter brincado comigo e com o meu desespero, prometendo por várias vezes vir buscá-la para a cirurgia. Hoje, eles nem atendem minhas ligações e não tenho recurso físico nem econômico para a veterinária. Dependo mesmo de uma entidade, mesmo que tenha que pagar um preço – justo – pela castração.

Já escrevi para a WSPA que me aconselhou que pedisse a um parente, amigo ou vizinho que fizesse o transporte dela para o veterinário de Catalão. Eu o faria se os tivesse. Eles também recomendaram um órgão de proteção em Pires do Rio/Go, que faz parte de um programa de castração. Agora aguardo resposta pedindo a Deus que a Tatah não entre no cio novamente, pois temo pela segurança tanto do animal quanto minha e de minha filha.

Agora estou postando minha história para pedir uma luz que alguém possa me dar.

Aos amigos, meu muito obrigada.

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