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A evolução dos diagnósticos e tratamentos em clínicas veterinárias salva e mantém vidas

8 de maio de 2010
3 min. de leitura
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Os tratamentos para os animais evoluem cada vez mais e muitas veterinárias oferecem serviços de altíssima qualidade. Aparelhos de tomografia computadorizada ou de ressonância magnética se tornaram mais comuns em clínicas, e isso pode significar a diferença entre a vida e a morte do companheiro de quatro patas.

A cachorra pinscher Pink passa por uma tomografia computadorizada (Foto: Fernando Cavalcanti)

A cadela Pink, uma pinscher de 9 anos, foi tratada com medicamentos para amenizar a dor causada pelo que os veterinários de Santos, no litoral paulista, acreditavam ser uma hérnia de disco. Como o tratamento não surtia efeito, ela foi levada para São Paulo e submetida a uma tomografia computadorizada. O diagnóstico: um tumor de difícil detecção na segunda vértebra cervical. “Há um ou dois anos, esse diagnóstico nem sequer seria possível”, diz o veterinário André Fonseca Romaldini, do Hospital Veterinário Santa Inês, de São Paulo, que realizou o exame de Pink. A história, infelizmente, tem final triste. O diagnóstico chegou tarde demais para salvar a vida da cachorra.

O boxer Apolo, de 7 anos, submete-se ao exame (Foto: Fernando Cavalcanti)

O boxer é um exemplo de cão que precisa de assistência veterinária constante, devido a sua suscetibilidade a males cardíacos. Exames periódicos são necessários para a devida prevenção. Apolo é um boxer de 7 anos, cuja mãe morreu de arritmia cardíaca em 2008. A tutora do cão, a paulistana Valéria Loureiro, o leva periodicamente ao veterinário. Da última vez, Apolo teve seu sistema cardiovascular monitorado durante 24 horas por um aparelho de holter por telemetria. “Em casa, tive de anotar os horários em que ele comia, dormia e brincava, para que o médico pudesse interpretar o exame”, diz Valéria. Os resultados não mostraram nenhuma alteração relevante no coração de Apolo.

A cachorra Bjori na UTI móvel (Foto: Humberto Michalchuk)

O holter por telemetria começou a ser usado na veterinária apenas no ano passado. Em algumas cidades já existe a UTI móvel veterinária. Dois meses atrás, a curitibana Dione do Rossil Lobo encontrou a cachorrinha Bjori, yorkshire de 8 anos, desmaiada na cama em decorrência de uma picada de abelha. Era tarde da noite e Dione preferiu chamar a ambulância. Menos de dez minutos depois, Bjori já estava dentro da UTI móvel, respirando com a ajuda de tubos de oxigênio. “Tenho certeza de que, se não fosse o atendimento de emergência, teria perdido minha princesinha”, diz Dione.

Há um procedimento médico em que os animais estão alguns passos adiante de seus tutores: o uso de células-tronco. Há quatro anos é retirado o material genético do tecido adiposo de animais para tratar fraturas, fissuras, lesões de ligamento, deficiências na medula e insuficiência renal. A gata Ariel, de 9 anos, faz o tratamento para insuficiência renal. Até agora, foram quatro sessões. O resultado? A doença se estabilizou. “O rim, que estava atrofiando, parece até ter aumentado de tamanho”, diz o tutor, o analista de sistemas paulista Roberto Hideo Sampaio.

A medicina veterinária também evoluiu no quesito vacinas. Hoje, usando a moderna técnica da recombinação genética, já é possível vacinar gatos contra uma modalidade de Aids e outra de leucemia que atacam apenas os felinos.

Planos de Saúde
Nos últimos anos, surgiram no Brasil os planos de saúde para animais. Eles funcionam da mesma maneira que os planos convencionais, com uma rede credenciada de médicos e hospitais – e incluem lojas especializadas. As mensalidades variam de 40 a 300 reais. Os mais caros preveem até atendimento de emergência. Os planos são vantajosos para quem tem mais de um animal em casa e costuma levá-los com frequência ao veterinário, já que uma consulta, hoje, custa entre 60 e 300 reais.

Com informações da Veja

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