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Comandante do canil da PM em São José (SC) manda matar cachorros a tiros

29 de abril de 2010
2 min. de leitura
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Um policial militar está acusando o comandante do canil de São José (SC), o major Claudionor de Souza, de mandar executar cachorros na instituição. Segundo o PM, que não quis se identificar, um cão teria sido executado com um tiro dentro do canil, no bairro Barreiros.

“O cão estava saudável, não aparentava nenhum tipo de doença que justificasse o sacrifício dele”, comentou.

O animal, de acordo com o denunciante, teria chegado ao canil em um carro particular e seria de um capitão que queria se livrar do bicho. O policial conta que esse não foi o único animal morto a tiros.

“Isso já vem acontecendo há bastante tempo, inclusive em comandos anteriores, se tornou praxe. Existe uma infinidade de ossadas enterradas na propriedade da polícia, onde fica o canil”, garantiu.

Desconfiado de que a informação havia ultrapassado os muros do canil, o major teria orientado os policiais a reduzir as mortes a tiros. A orientação, então, seria a de  abandonar os cães em comunidades carentes.

Na última sexta-feira, 23, Claudionor teria ordenado que outro animal fosse morto a tiro. Seria um cão da raça pastor alemão doado por moradores para ser adestrado e trabalhar em operações. Mas, no dia da execução, PMs teriam se recusado a puxar o gatilho e avisaram uma organização protetora de animais sobre o procedimento.

Representantes da ONG É o Bicho avisaram o canil da PM que denunciariam a prática que fere a legislação federal. O cachorro foi encaminhado para uma clínica no bairro Estreito, em Florianópolis, onde foi morto com medicamentos. A justificativa: o cão, que não teria sido aprovado no adestramento, estava com sarna. A doença, no entanto, teria tratamento fácil e não explicaria o sacrifício.

O que diz a PM

O coordenador do departamento de comunicação social da Polícia Militar, coronel João de Amorim, informou que a corregedoria foi acionada, ainda nesta quarta-feira, 28, para investigar a denúncia.

Também destacou que será aberta uma sindicância para verificar a veracidade dos fatos e, se necessário, pode ser aberto inquérito policial. De acordo com Amorim, o major Claudionor não vai se pronunciar por enquanto. Ele será ouvido durante as investigações.

Fonte: Diário Catarinense

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