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Carta protesta contra linchamento de manifestantes em Pomerode, SC

20 de abril de 2010
3 min. de leitura
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Yolanda Heller
[email protected]

Pessoal,

Mais uma vez pedimos a ajuda de vocês! Por favor, se manifestem em apoio aos nossos companheiros de Santa Catarina! Segue nossa mensagem abaixo com os contatos.

Fotos: s/c

Grata,
Soraya
Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
www.spacuritiba.org.br

Prezado Sr. Prefeito Paulo Pizzolatti,

É com muita revolta que recebemos a notícia de que companheiros que trabalham contra violência e pelo direito dos animais, enquanto se posicionavam pacificamente contra a “Puxada a Cavalos” em sua cidade, foram severamente agredidos por participantes deste evento.

Levando em consideração que toda atividade que envolve violência, seja contra animais ou pessoas, só pode gerar mais violência e que maltratar animais é crime ambiental previsto por Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98, pedimos veementemente que a Puxada a Cavalos seja proibida em seu município.

Solicitamos também seu total apoio a estas pessoas que estavam exercendo seu dever de cidadãos em alertar a sociedade contra uma atividade cruel e criminosa.

Cordialmente,
Soraya Simon
Presidente
Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba
(41) 9971-8818/8894-3536

Foto: s/c

Linchamento de defensores dos direitos dos animais em Pomerode-SC

Ontem, domingo, 18 de abril, um grupo de aproximadamente 20 ativistas pelos direitos dos animais das ongs AMA Bichos de Pomerode, Oba Floripa e Instituto Ambiental Ecosul de Florianópolis e ApraBlu de Blumenau, com apoio da WSPA-Sociedade Mundial de Proteção Animal, se reuniram em frente ao local onde ocorrem as cruéis e violentas “Puxadas de Cavalos”, no município de Pomerode-SC, numa manifestação ordeira e pacífica contra o sofrimento dos animais usados no evento.

Pela manhã, durante a concentração para a manifestação, foi solicitada por várias vezes a presença de uma viatura da Policia Militar, visto que todos os adeptos do evento que passavam proferiam agressões verbais e ameaças, solicitação que não foi atendida. 

Em torno das 14 horas, os manifestantes se postaram ordeira e silenciosamente em frente ao local onde os animais disputavam as provas com faixas e cartazes pedindo o fim das “puxadas”, acompanhados por equipes das redes TV Band e RIC-Record e do jornal local. Em seguida começaram a ser hostilizados e agredidos com ovos podres, pedradas, pauladas, chutes, socos e todas as formas de violência, por uma multidão ensandecida e alcoolizada de aproximadamente 50 adeptos da crueldade, incentivados pelos demais em torno de 200 participantes sob os gritos de atira, lincha, bate, mata.

Crianças assistiam e se divertiam com a violência dos adultos. O resultado do massacre que se prolongou por aproximadamente 15 minutos foi a fratura de fêmur da diretora da ApraBlu Bárbara Lebrecht, fratura craniana da Patrícia voluntária da ApraBlu e da Zaza Presidente da Ama Bichos, ferimentos generalizados em mais dois ativistas e no cinegrafista da TV Band que teve a sua câmera destruída, além da destruição de uma câmera de filmagem e duas máquinas fotográficas digitais dos ativistas.

Foto: s/c

Face à informação de que estaria havendo um linchamento no local, após 30 minutos da pancadaria, viaturas da Policia Militar e duas ambulâncias compareceram ao local onde os ativistas tinham se refugiado e tentavam se recuperar, para as providências de praxe. 

As “puxadas” consistem em atrelar a cavalos uma espécie de trenó com pesos que podem chegar a 2500 kgs. e o animal que conseguir arrastar a carga mais longe vence a prova. Centenas de pessoas se reúnem no local durante todo o dia bebendo, apostando e assistindo as provas.

As fotos registram as primeiras imagens da agressão. Nas próximas horas divulgaremos novas informações e imagens.

Instituto Ambiental Ecosul
[email protected]




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