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Mesmo após 20 anos do derramamento de petróleo no Alasca, animais continuam a sofrer os impactos

14 de abril de 2010
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O óleo remanescente do desastre com o superpetroleiro Exxon Valdez, ocorrido em 1989, na costa do Alasca, ainda afeta animais selvagens da área, mais de 20 anos após o derramamento de 257 mil barris no mar. A conclusão faz parte de uma pesquisa de um grupo de cientistas que estuda os efeitos a longo prazo da exposição de animais ao óleo cru.

“Uma das descobertas mais notáveis é o tempo no qual os animais foram expostos ao óleo residual. Nossa pesquisa mostrou que os resquícios de petróleo na área, particularmente nas zonas intermaré, ainda são ingeridos por alguns animais near-shore“, explicou Daniel Esler, do Centro de Ecologia dos Animais Selvagens da Universidade Simon Fraser, da Columbia Britânica, no Canadá. A equipe focalizou suas pesquisas sobre patos arlequim como um exemplo de uma dessas espécies.

Esler explica que, ao contrário do se imaginava, os efeitos do óleo cru em animais como os patos, devido a suas características fisiológicas, podem durar décadas. Ou seja, os danos à fauna podem perdurar, e muitos deles são irreparáveis.

O Exxon Valdez encalhou em Prince William Sound em 24 março de 1989, derramando óleo bruto no mar, que atingiu uma área de 3,3 mil km² – cerca de três vezes a área da cidade do Rio de Janeiro. O vazamento causou a morte de cerca de 250 mil aves marinhas e 2,8 mil lontras, entre outros. O custo de limpeza da região atingida pelo óleo bruto é estimado em algo em torno de US$ 2,1 bilhões.

O derramamento é considerado até hoje um dos mais devastadores acidentes ambientais causados pelo homem. A Exxon foi multada em mais de US$ 5 bilhões pelos danos ambientais decorrentes do vazamento.

Fonte: Portal Energia Hoje

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