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Alimentação industrializada pode matar animais domésticos, segundo pesquisa

13 de abril de 2010
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O consumo de junk food em excesso associado a hábitos alimentares pobres em nutrientes afeta a vida dos seres humanos e, como se não bastasse, também pode comprometer a saúde dos bichos de estimação, levando-os à morte. A afirmação é do belga Gerard Lippert, que é acupunturista de animais. Em entrevista à agência de notícias AFP, Lippert comparou os alimentos industrializados oferecidos aos cães e gatos às fast foods e disse ainda que eles são responsáveis pela obesidade, e por sua vez, pela redução da expectativa de vida dos bichinhos.

O acupunturista chegou a esta conclusão após examinar o corpo de 600 cães mortos. O resultado: os que foram alimentados com comida processada morreram três anos antes dos que se alimentaram apenas com comida feita em casa. “Cachorros eram onívoros (se alimentam de produtos de origem animal e vegetal) que dividiam sua comida com os humanos”, explica Lippert.

De acordo com o pesquisador, durante a produção da ração, os ingredientes são cozidos em temperaturas tão altas que o calor acaba destruindo as vitaminas e outros elementos nutricionais básicos. “Nós não sabemos a origem das proteínas encontradas nesses alimentos, que conta com poucos vegetais na composição, e muitas vezes são compostos por uma quantidade excessiva de cereais, em muitos casos geneticamente modificados”, informa. “Nós estamos transformando nossos cães e gatos em ruminantes”, alerta o acupunturista.

Para reforçar sua pesquisa, Lippert informa que notou aumento nos atendimentos de animais que sofrem com problemas de pele, digestivos e motores.

O cirurgião veterinário e nutricionista Laurence Colliard, que atende em Paris, na França, acredita que apenas 5% dos franceses que possuem animais de estimação, fazem comida para seus animais. “Eu estou notando um aumento no número de alergias, diarreias, vômitos, problemas de pele, assim como obesidade, principalmente pelo excesso de calorias contidas nos alimentos industrializados”, explica Colliard.

A facilidade de apenas abrir o pacotinho e servir leva muitos tutores a optar pela ração, em vez de preparar refeições balanceadas, que devem conter cerca de 50 nutrientes, carne, legumes, arroz e alguma massa. E ao preparar o alimento é preciso também levar em conta o peso e exercícios diários.

Curiosamente, a indústria de pet food nasceu na Inglaterra, onde James Spratt produziu os primeiros biscoitos caninos no mundo, em 1860. Depois de 150 anos, muitos sites na internet estão pedindo o retorno dos alimentos naturais para animais de estimação.


Fonte: Petmag

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