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Universidade dos EUA é denunciada por crueldade contra animais

11 de abril de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

A PETA abriu um processo contra a University of Wisconsin-Madison sobre violações da lei estadual Open Records (relatórios públicos). De acordo com o Isthmus, o processo alega que oficiais da UW-Madison “retiveram propositalmente alguns documentos sobre testes oculares realizados em macacos e gatos, e redigiram de forma imprópria informações de outros”.

Representantes da universidade dizem ter retido informações para proteger a liberdade acadêmica dos pesquisadores, dizendo: “qualquer coisa que os relatórios contenham pertence aos proprietários das informações”. O mais certo é é que eles não queiram que o público saiba do horror que são os experimentos que fazem em animais.

As experiências são brutais: “buracos são feitos nos crânios dos animais, câmaras de contenção são atadas às suas cabeças, eletrodos são inseridos em seus cérebros, tubos de aço são implantados em seus olhos”. As vítimas desses experimentos são macacos e gatos. Muitos são mortos ao final dos testes.

Particularmente perturbadoras são as ações da pesquisadora Micheller Basso. O Wisconsin State Journal revela que ela foi suspensa recentemente, pela direção da universidade, por “falta de respeito com veterinários, relatórios incompletos e macacos com danos cerebrais”.

Mesmo antes do escândalo, a universidade tinha má fama pela forma como abusava de animais explorados em pesquisas.  No ano passado, o Isthmus informou que “ovelhas são colocadas em câmaras de alta pressão para simular o que acontece em um mergulho profundo, eles monitoravam os sinais de descompressão –  as deformações”. Os experimentos, que a universidade classificou como fonte de extrema dor e desconforto para os animais acabam no assassinato destes. Isso não é apenas cruel, é  ilegal, já que as leis de Wisconsin proíbem a matança de animais por descompressão.

Nessa mesma universidade foram realizados os testes pscicológicos de Harry Harlow, em 1950, de separação maternal e isolamento social, em que bebês de macacos rhesus eram tirados de suas mães e colocados junto a mães mecânicas.

Atualmente, estão aprisionados na universidade cerca de 2.500 primatas, sendo 500 em jaulas de isolamento. Mais de 800 primatas são vítimas de experimentos todos os anos. Não deveria ser surpresa que a PETA tenha colocado a UW-M no topo da lista de piores laboratórios em 2005.

Com tão longo histórico de pesquisas questionáveis com animais, é fundamental debater  mudanças na University of Wisconsin-Madison.

Se o processo da PETA obtiver sucesso, a direção da universidade possivelmente terá dificuldades em se esconder atrás do escudo da “liberdade acadêmica” e pode ter de justificar suas crueldade publicamente.

Fonte: Animal Change

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