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Grupo de defesa animal aborda o sofrimento animal vivido nas fazendas de leite

20 de março de 2010
4 min. de leitura
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ONCA Defesa Animal
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Uma adolescente e um homem adulto abaixados sob uma vaca, mamando em suas mamas. Você acha isso natural?Com uma imagem desse tipo no topo de um dos banners o grupo Onca Defesa Animal realizou no dia 06 de março, o ‘Ato Informativo Sobre Consumo de Leite’, na cidade de Curitiba, Paraná.

O grupo faz trabalho informativo ao público todo primeiro sábado de cada mês, mas esta foi a primeira vez na cidade que o tema específico abordado foi o do consumo de leite/laticínios.

Foto: s/c

Durante o evento, realizado das 9h às 19h, foram exibidos banners, distribuídos centenas de panfletos e exposta uma grande variedade de material para leitura local, enfocando desde o sofrimento a que são submetidos os animais até o impacto ambiental e os malefícios à saúde humana vinculados à ingestão do leite animal.

Um dos banners apresentava as cenas vividas pelos animais nas fazendas de leite, denunciando o sofrimento:

– vacas leiteiras confinadas em espaços minúsculos, ordenhadas mecanicamente, enviadas ao matadouro quando passam a produzir menos e finalmente vendidas como carne barata.

– bezerros descartados, trancafiados em ambiente escuro a espera do abate e vendidos como carne de vitela, para que o leite de suas mães seja comercializado nos mercados.

Foto:s/c

Outro banner abria com a frase do Dr. Michael Klaper, especialista em Nutrição e diretor do Institute of Nutrition Education and Research (Instituto para Educação e Pesquisa em Nutrição): “O corpo humano não tem uma necessidade maior pelo leite de vaca do que tem pelo leite de cadela, pelo leite de égua ou pelo leite de girafa.”

O banner destacava o fato de que cerca de 70% da população mundial tem algum grau de intolerância ao açúcar natural do leite, a lactose (segundo dados divulgados pela Hervard Medical School e usados como referência pelas instituições de Medicina no Brasil e em todo o mundo).  Segundo o Hospital das Clínicas de São Paulo, mais da metade da população brasileira sofre com o mesmo problema. Com estas informações, ficou esclarecido a qualquer leigo que o leite animal não pode ser considerado um alimento natural para o ser humano.

Foto: s/c

Outra menção foi com relação à questão da Osteoporose e do Cálcio, comumente utilizada pela indústria leiteira como justificativa para que as pessoas ingiram o produto. Dados mostravam que a absorção do cálcio através do leite não é satisfatória como popularmente se acredita e comparativos exibidos com quadros surpreendentes revelavam que as populações que mais apresentam casos de Osteoporose são exatamente as mesmas que mais consomem leite animal, desfazendo o mito de que ele seria a melhor fonte de cálcio.

Também foi enfocada a relação do consumo de leite e laticínios com outros males físicos como doenças coronárias e cânceres de mama, próstata, ovário, entre outros.

Foto: s/c

Para completar, as pessoas tiveram orientações sobre a biodisponibilidade de cálcio nos alimentos e sobre outros nutrientes também importantes no fortalecimento dos ossos. Puderam também degustar gratuitamente uma variedade de leites de origem vegetal, como o de aveia, gergelim, castanha, soja, etc, e levar as receitas para casa.

O material de leitura local teve trechos de livros, matéria de revistas e textos tirados de diversas fontes relacionadas à Saúde e Nutrição, inclusive de nomes muito bem conceituados na área médica, que as pessoas puderam folhear à vontade.

Um material de pesquisa resultado de 1 ano de estudos, de autoria própria do grupo, esteve à disposição, em CD – ROM: “Leite – O Que Você Precisa Saber”, compilando diversas fontes em português, inglês e espanhol.

Foto: s/c

Durante todo o dia, o estande recebeu a visita de dezenas de pessoas, de todas as idades, profissões e níveis sociais, que revelavam surpresa ao se deparar com as informações divulgadas, relacionadas ao “alimento” tão comumente presente nas mesas dos lares brasileiros, mas sobre o qual tão pouco se discute – e ainda aceito por grande parcela da população como um alimento saudável.

A grande parte dos visitantes foi desafiada pela primeira vez a se questionar sobre o assunto e a rever seus valores com relação aos animais e ao planeta.

Para finalizar o dia, um grupo de músicos vegetarianos vindo do Chile, de passagem pela cidade,passou pelo estande e, certamente, levará uma boa impressão do trabalho realizado por aqui, em favor dos Direitos Animais.

Sugestão de leitura:

‘Ética na Alimentação: O Fim da Inocência’, Sônia T. Felipe

https://www.anda.jor.br/?p=8088

Registro do evento em vídeo:

http://www.youtube.com/onca2010

Blog: http://oncabrazil.blogspot.com


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