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Deputado vai ao zoo de Niterói e pede ao Ibama o fechamento do local

29 de março de 2010
2 min. de leitura
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O presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), deputado André Lazaroni (PMDB), solicitou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o fechamento do Jardim Zoológico de Niterói. Em visita à Fundação ZooNit, na última sexta-feira (26), o parlamentar descobriu várias irregularidades que podem pôr em risco a saúde dos animais.

“Encontrei vários animais feridos e confinados em áreas mínimas. Era uma superpopulação de macacos, jabutis, pássaros. Todos estavam instalados inadequadamente em recintos mal conservados com sujeira e infiltrações. Vi também grades e brinquedos quebrados e enferrujados, o que pode provocar acidentes graves não só nos animais como também em crianças”, ponderou Lazaroni.

O deputado disse ainda estar preocupado com a falta de controle na entrada e saída dos animais.

“Quem garante que espécies silvestres (recuperadas em operações recentemente) não estariam sendo comercializadas por pessoas inescrupulosas? A falta desse controle pode incentivar o tráfico de animais silvestres, que atualmente é a terceira forma de crime mais rentável no mundo. A legislação de crimes ambientais é branda e deveria ser equiparada à do tráfico de drogas”, lembrou Lazaroni.

A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj recebeu, por intermédio do Disque Meio Ambiente (0800 282 0230), mais de cem denúncias dando conta das péssimas condições de funcionamento do Zoo de Niterói – ao todo, o serviço contabilizou 3.500 denúncias de crimes ambientais (poluição hídrica, visual, sonora, do solo, tráfico de animais, proliferação de ratos, desmatamento, acúmulo de lixo e ocupação de áreas verdes protegidas) entre fevereiro de 2008 e dezembro de 2009. O ZooNit encontra-se instalado em Niterói há 68 anos.

Já segundo o site G1, a direção do Zoonit, informou que admite problemas de estrutura, mas que tentará evitar o fechamento da instituição.  O local abriga cerca de 500 animais, conta com funcionários voluntários, em sua maioria, e opera sem fins lucrativos.

Com informações do Monitor Mercantil

Nota da Redação: Os animais que chegam aos zoos são oriundos do confinamento de gerações e gerações de suas famílias ou do tráfico, com o único objetivo: servirem aos interesses humanos de lucrar e entreter-se sadicamente com a sua desgraça. Manter animais confinados pelo resto de sua vida é indiscutivelmente uma grande violência. Zoológico nenhum deveria existir. Qualquer zoológico é cruel com os animais – não nos enganemos, nem sejamos cínicos afirmando que melhorias amenizariam o sofrimento deles. Nunca existirá um bom espaço de aprisionamento. O lugar do animal é no seu habitat, entre seus pares.

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