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Cientistas alertam sobre número de baleias encontradas mortas na Patagônia argentina

27 de março de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

A comunidade científica deu um alerta esta semana sobre a elevada taxa de mortalidade de baleias na costa da Patagônia, na Argentina.

Nos últimos três anos foram encontrados cerca de 300 animais mortos em praias da península Valdés, no Oceano Atlântico, um número que excede os parâmetros considerados normais.


Baleia Franca Austral. Foto: Alberto Patrian


Até 2007, a média anual de baleias mortas encontradas na Península Valdés, declarada Patrimônio da Humanidade, não passava de 30 animais, disse o presidente do Instituto de Conservação de Baleias da Argentina, Diego Taboada.

“Isso significa que o número de baleias mortas no ano passou de uma média de 30 para cerca de 100”, disse ele. “Esse aumento é totalmente desconhecido e não tem qualquer tipo de semelhança em qualquer lugar do mundo. Isso chamou muito a atenção de toda a comunidade científica”, disse Diego.

Após o alerta de especialistas argentinos, a questão foi discutida nesta semana por especialistas de vários países na cidade de Puerto Madryn, a 1.100 km ao sul de Buenos Aires, em um seminário organizado pela Comissão Baleeira Internacional.

“Um dos maiores problemas que temos é que, até o animal morto ser encontrado e chegarmos ao local, já se passaram alguns dias. E as baleias literalmente ficam cozidas pela gordura de seu corpo, os órgãos se decompõem e nos impede de conseguir amostras de sangue ou de outros órgãos que nos permitem fazer uma análise para determinar a causa da morte”, diz Diego.

Na Península Valdés, na província de Chubut, se concentram todos os anos cerca de 600 baleias, um quinto da população mundial, atraindo mais de cem mil turistas para a região.

Com informações de PrensAnimalista

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