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Animais resgatados da casa do cão enforcado aguardam decisão judicial

27 de março de 2010
3 min. de leitura
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Por Lilian Regato Garrafa  (da Redação)

Vinte e dois dias após o brutal assassinato de um cão por enforcamento, cometido por seu próprio tutor, Ailton Teixeira (vulgo Alemão), no bairro do Ipiranga (SP), ainda se aguardam providências da Justiça. No entanto, a incansável protetora Graciana Rizzo, denunciante do crime, não esmoreceu um dia sequer.

No dia da morte do cão, Graciana compareceu à delegacia com o corpo do animal para fazer B.O. Não tendo havido flagrante do crime, foi aberto processo, que continua nas instâncias judiciais.

Graciana não se acovardou. Ao contrário, muniu-se de forças para levar a luta adiante. Organizou, juntamente com outras protetoras, uma manifestação em frente à casa do acusado (leia matéria publicada aqui na ANDA). Mesmo sem nunca ter participado de um ato como este, foi impelida por sua determinação em  fazer a justiça valer. O dia foi um marco para a proteção animal e o cãozinho vítima da crueldade se tornou um símbolo, a bandeira da luta a favor da justiça para crimes  contra animais.

Neste mesmo dia, a polícia autorizou o resgate dos outros três cães da casa de Ailton (leia matéria aqui na ANDA), tendo atribuído a Graciana a função de fiel depositária até que a Justiça lhe dê a guarda definitiva, quando só então poderá colocá-los para adoção.

No dia seguinte ao resgate, o laudo da necropsia foi liberado pelo laboratório, confirmando a causa mortis do animal: traumatismo craniano originado por pancadas contundentes; presença de fios elétricos envolvendo e comprimindo o pescoço do animal.

Desde então, Graciana, que já cuidava de 30 cães resgatados, está também acolhendo amorosamente mais estes três inocentes. Para ela, o carinho que estão agora recebendo é mais importante que tudo. Por enquanto, está arcando com todos os gastos sozinha: desde castração, vacinação, lar temporário, consultas veterinárias e medicações. Até agora, somente com estes três cães, os gastos totalizaram R$ 657,00. Fica aqui um apelo a quem se sensibilizar a ajudá-la com as despesas ou apadrinhar os cães.  Doações de ração também são muito bem-vindas. Dados para depósito:

Graciana Rizzo
Unibanco
AG: 0576
C/C: 105.250-4
Ou entre em contato pelo e-mail [email protected]

 

Graciana ainda apela para que este caso não seja esquecido, que não seja mais um ato banal a cair no esquecimento até que o próximo venha a ocorrer. Ela está disposta a organizar mais uma manifestação se necessário, e ainda lembra que na casa de Ailton continuam pássaros e um gato, cuja retirada ela está determinada a conseguir.

O advogado que está cuidando do processo, Dr. Marcello Bittencourt Monteiro Filho, continua a levantar dados relevantes que possam ser anexados aos autos e que podem ajudar a agravar a culpa do acusado — já que para a Justiça “apenas” matar um cão não é ainda suficiente para pôr o assassino atrás das grades. Ainda. Pois, se depender de Graciana e de todos que estão empenhados na criminalização contundente para atos covardes como este, com penas que possam ir bem mais além do pagamento de uma cesta básica, os crimes cometidos contra animais um dia terão, aos olhos da Justiça, o mesmo peso que os crimes cometidos contra seres humanos.

Clique aqui para assinar a petição, que está perto de 4 mil assinaturas.

Acompanhe o histórico do caso: http://caodoipiranga.blogspot.com

Assista ao vídeo.

 

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