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Animais ganham uma segunda chance com membros artificiais

27 de março de 2010
5 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

A ingenuidade e a compaixão humanas resultaram em algumas segundas chances incríveis para animais. Não estou falando de implantes como o PermaStay Ear Implant ou o Neuticles (aparelhos auditivos para cães). Essas cinco histórias são sobre membros confeccionados artisticamente, nadadeiras e bicos que fizeram a diferença entre a vida e a morte.

1) Molly, a pônei, passou por grandes dificuldades poucos anos atrás. Ela foi abandonada quando o furacão Katrina atingiu a costa dos Estados Unidos e, depois da tempestade, passou várias semanas sobrevivendo sozinha antes de ser resgatada. Ela foi levada para uma fazenda, onde foi atacada por um cão. Sua perna direita frontal ficou severamente machucada e infeccionou. Estava claro que ela perderia a perna, o que normalmente significa, para um cavalo, passagem livre para o matadouro. Em vez disso, um membro artificial foi construído para ela. Agora Molly é uma embaixadora pela inspiração animal, que visita hospitais, escolas e casas de enfermagem.


Molly (Imagem: Molly's Foundation)


2) Chhouk, o elefante, quase não podia ficar em pé quando foi encontrado sozinho na floresta. À beira da morte, o pequeno elefante foi levado para o centro de resgate Wildlife Alliance’s Cambodian. O que aparentava era que seu pé havia passado por um “acidente de caça”, provavelmente pego numa armadilha. Chhouk era um dos apenas 300 elefantes restantes no Cambodia, sendo que a maior parte do restante de sua espécie já perdeu muito mais do que um pé para os caçadores. Com ajuda do Cambodia School of Prosthetics and Orthotics, Chhouk foi presenteado com um novo pé. A prótese não atrapalha seus movimentos nem seu espírito; ele até foi adotado por uma elefanta mais velha que vive com ele no santuário.


Chouk (Imagem: Telegraph)


3) Beauty, a águia-careca, teve seu bico arrancado pelo tiro de um caçador. Ela foi encontrada morrendo lentamente de fome num aterro no Alaska. Reabilitadores conseguiram mantê-la nutrida, mas ela não tinha como se alimentar sozinha. Ela tinha problemas para beber água e não podia se pentear. Então, um engenheiro projetou um bico artificial, inicialmente feito com resina de nylon e depois substituído por titânio. Embora ela não possa voltar à natureza, o bico permite à águia que pegue comida por si mesma, podendo, assim, viver bem em um santuário.


Beauty (Imagem: Web Ecoist)


4) Allison, a tartaruga do mar, foi a primeira de sua espécie a ter uma nadadeira substituída por uma prótese artificial. Ela foi machucada por predadores (ao menos é o que parecia) na costa da ilha South Padre no Texas. Ela sarou, mas ficou com apenas uma nadadeira. Com apenas três anos de idade (tartarugas marinhas podem ultrapassar os cem), ela nadava em círculos. Literalmente. Então ela foi equipada com uma roupa especial de fibra de carbono que funciona como um leme para dar-lhe equilíbrio. Ela não está em condições de voltar para o mar, mas agora pode nadar pelo seu tanque no Sea Turtle Inc, um resgate para tartarugas marinhas em South Padre, perseguindo outras tartarugas e aproveitando sua mobilidade renovada.


Alysson (Imagem: National Geographic)


5) Meadow, a novilha, foi encontrada sofrendo de severas úlceras de frio nas pernas traseiras e orelhas. Ela foi resgatada por uma vizinha, que estava determinado a lhe dar uma chance de caminhar novamente. Nancy Dickenson, salvadora de Meadow, pediu ajuda da Universidade do Estado do Colorado, que equipou a novilha com um par de próteses para as patas. Suas novas pernas deram-lhe liberdade para correr, pular e fazer amizade com as cabras do rancho.


Meadow (Imagem: Animals Change)


Apesar da tecnologia ser maravilhosa, sem mencionar a determinação dos humanos e animais envolvidos, as próteses animais receberam algumas críticas. Cada apêndice artificial custa bastante dinheiro e recursos. Mesmo com mobilidade renovada, os animais não podem mais voltar para o ambiente selvagem.

O que podem fazer é ajudar suas espécies. A maior parte dos ferimentos resultaram na perda de membros (ou bico) causadas por humanos, e os animais podem ajudar a educar outros para os perigos da espécie. Eles também podem ajudar na reabilitação.

Beauty é a esperança dos seus salvadores, agora ela está saudável, e pode ajudar a criar águias-carecas órfãs. E, o mais importante para receptores de próteses, selvagens ou não, é que ganharam uma nova chance para viverem suas vidas.

O que mais conta é a qualidade de vida. Dar a um animal a habilidade de se mover novamente é inútil se ele vive preso numa jaula ou impossibilitado de interagir com membros da própria espécie.

Outros animais que receberam próteses incluem cães, cavalos, cabras, cegonhas, cangurus, golfinhos.

Com informações de Animals Change

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