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Instinto materno de cadela comove em atropelamento

26 de março de 2010
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Numa semana em que o país inteiro acompanha passo a passo o julgamento de um pai e de uma madrasta acusados de matar de maneira cruel uma criança de cinco anos, uma cena triste e, ao mesmo tempo, bonita, evidencia que o amor materno é um sentimento inabalável.

Foto: Reprodução

Rodovia Mário Covas, fronteira administrativa entre Ananindeua e Belém (capital parense). Era início da madrugada de quinta-feira (25). Uma equipe de reportagem local seguia rumo a Icoaraci quando avistou uma cadela vira-latas no meio da pista, protegendo um de seus filhotes, que estava deitado no chão, visivelmente ferido.

Outro filhote, ileso, acompanha a mãe, mas a cadela o leva para um local seguro, dentro de um terreno onde é realizada uma obra. Aquele parece ser o lar da família de vira-latas.

O motorista Valdir Manaia para o carro da reportagem no acostamento. O repórter Augusto Rodrigues tenta se aproximar do cachorrinho ferido, para tirá-lo do meio da pista. No entanto, a cadela impede a aproximação, com latidos de advertência, andando lentamente em direção ao repórter, empurrando-o para trás. O fotojornalista Cézar Magalhães procura o melhor ângulo para registrar a cena, quando uma carreta se aproxima.

O motorista do caminhão não percebeu os acenos da equipe ou não teve tempo de diminuir a velocidade. As rodas do eixo traseiro “tocam” de raspão o cachorrinho, que chora assustado.

Augusto, então, retira o filhote do centro da pista e, dessa vez, a mãe do cachorrinho não interfere, parece entender que aqueles três humanos estão ali para ajudar. O pequeno animal estava ofegante e quente. Havia uma fratura exposta na pata traseira esquerda. Num gramado em frente à obra onde a família de cachorros vivia, a mãe canina ficou confortando o seu filhote.

Fonte: Diário do Pará

Nota da Redação: Tentamos entrar em contato com o Diário do Pará a fim de nos informarmos sobre o desfecho do caso, mas, até o presente momento, a Redação do jornal não se manifestou. Esperamos que a equipe de reportagem do Diário do Pará tenha agido com solidariedade e prestado socorro ao filhote ferido. E caso isso não tenha acontecido, a cena caracterizaria, claramente, um crime de maus-tratos por omissão de socorro.

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