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Proposta de obras em Canil Municipal mobiliza Orçamento Participativo em Lisboa

16 de março de 2010
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Uma proposta de obras no Canil/Gatil Municipal foi o projeto mais votado pelos cidadãos no Orçamento Participativo de 2010 da Câmara de Lisboa.  A proposta para a “3ª Fase da Construção do Canil/Gatil Municipal em Monsanto” recebeu, em janeiro passado, 754 votos de cidadãos lisboetas que pretendem ver melhoradas as condições para os animais. Diversas propostas deram origem a um projeto que agora contempla 375 mil euros para uma intervenção que deverá durar sete meses.

Ainda não se conhece a data certa do início das obras mas a responsável pelo Canil/Gatil Municipal, Luísa Costa Gomes, disse que é seu desejo que “arranquem brevemente”.

“A verba está dada e espero que rapidamente surjam as melhorias com mais boxes e melhores condições para os animais”, afirmou. A responsável lembrou que em março de 2008 já foram construídos alguns boxes “com condições completamente diferentes das iniciais” mas que são, ainda, manifestamente insuficientes.

A proposta votada no Orçamento Participativo prevê melhorias no bloco que contempla atendimento ao público e serviços de vacinação bem como no outro bloco, com salas de isolamento para animais com doenças infecto-contagiosas. Está prevista ainda a reorganização estrutural dos boxes de alojamento individual existentes.

Atualmente existem cerca de 100 cães e 80 gatos nas instalações. Luísa Costa Gomes explicou que há casos de cães e gatos “que são entregues pelos tutores porque têm dificuldades econômicas ou simplesmente porque não querem mais ter o animal” e que existem outros “que são recolhidos na via publica”. Alguns são “animais atropelados ou que adoeceram na via pública”, prosseguiu a responsável, sublinhando, todavia, que não são raros os casos de animais “que adoecem em casa e os tutores abandonam na via pública”.

“Tentamos encontrar quem os adote”, salientou, apelando às pessoas para que se dirijam às instalações de Monsanto. “Temos muito animais para adotar, basta vir cá”, disse. “É só chegar aqui, escolher um animal e preencher um termo de responsabilidade com seu endereço e onde diz que aceita que se possa verificar se o animal está sendo bem alojado e tratado”, descreveu. “O animal é identificado eletronicamente, vacinado e desparasitado”, prosseguiu.

Luísa Costa Gomes salvaguardou, contudo, que “nem todos os animais são para adotar” porque existem casos de cães e gatos que estão ali apenas temporariamente “porque os tutores têm dificuldades econômicas comprovadas, foram internados ou estão presos”. Para além disso, a legislação prevê que os animais recolhidos precisam permanecer, obrigatoriamente, por oito dias no canil para que haja tempo de o tutor aparecer- o que só acontece em 15% dos casos. “A pessoa pode sempre reservar o animal para o caso do tutor não aparecer”, rematou.


Fonte: Diário de Notícias

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