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Cidadania Animal

26 de fevereiro de 2010
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Estou viajando de trem por alguns países da Europa a serviço da revista Viagem & Turismo. Não existe maneira mais civilizada e agradável de viajar a não ser por ferrovias, esta é minha opinião. O Brasil infelizmente destruiu estupidamente sua rede de trens de passageiros.

Nessa passagem pelos países escandinavos tenho visto cães a bordo dos trens. Eles simplesmente entram e permanecem no colo das pessoas de sua família. São incrivelmente comportados. Não se incomodam com a situação. Simplesmente se acomodam e esperam o destino chegar (ao contrário das crianças humanas, que ficam ansiosas e costumam correr pelos corredores ou comer sem parar).

Esses cachorrinhos-passageiros me deram a sensação de uma nova categoria para os novos tempos: os cidadãos-animais. Ou vice-versa. Não são transportados em gaiolas no compartimento de carga. Eles não ameaçam ninguém, não rosnam para estranhos, não fazem xixi fora de hora. Apenas viajam com o Johanssen ou com a Ingrid. E dão aula de etiqueta para muitos humanos. São cidadãos de uma sociedade avançada. Muito, muito mais civilizados que os fazendeiros humanos que tranformam a vida de animais num permanente inferno gelado nas “fazendas de pele”, aqui perto, na Finlândia (conforme noticiado pela ANDA).

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