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Supervisor de abrigo de animais nos EUA se voluntaria para salvar animais no Haiti

21 de fevereiro de 2010
4 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato  (da Redação)

O supervisor de campo do abrigo de Santa Cruz (EUA), Todd Stosuy, já resgatou cães e gatos abandonados e vítimas de maus-tratos e salvou vários animais do matadouro.

Logo no começo do mês, Stosuy ficou conhecido localmente como protetor dos animais, tendo ido trabalhar num ramo novo: passou uma semana tratando animais doentes e machucados em vilas devastadas pelo terremoto no Haiti.

Stosuy recebeu a chamada dia 5 de fevereiro e, dois dias depois, estava num jato para o Caribe. Ele usou suas férias para cobrir essa semana que passou vacinando animais de fazenda e vermifugando cachorros.

Todd Stosuy (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)
Todd Stosuy (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)

Ele disse que o pequeno grupo de voluntários – alguns veterinários do Haiti, um técnico em resgate de Boston, um veterinário da Louisiana e ele mesmo – estavam fazendo coisas simples que nos EUA costumam ser rotina, como dar vitamina D e vacinas de raiva aos animais.

Todd Stosuy (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)
Todd Stosuy (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)

Algumas vezes os veterinários tentaram tratar de pessoas machucadas também, como uma garota órfã que teve a mão soterrada durante o terremoto.

Foi “incrível e mesmo assim inacreditavelmente triste”, Stosuy disse. “Onde não tem destroços, há pessoas fazendo tendas com lençóis ou plástico. Os animais estão definitivamente se virando por eles mesmos.”

Todd Stosuy (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)
Todd Stosuy, durante resgate (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)

Os voluntários, unidos pela International Fund for Animal Welfare (IFAW), cuidaram de mais de mil cães, gatos, porcos, cabras, ovelhas, cavalos, jumentos e galinhas durante sua estada de uma semana.

“Uma das coisas que não podíamos fazer era alimentar os animais”, Stosuy disse. “Isso seria difícil de justificar quando pessoas não tinham comida”.

Os voluntários também não levaram animais para os Estados Unidos, porque oficiais federais estavam preocupados com doenças que podiam ser transmitidas, segundo Stosuy.

Um terremoto de magnitude 7 devastou a capital do Haiti em 12 de janeiro, matando mais de 200 mil pessoas e ferindo –provavelmente em maior número – animais.

Um garoto do Haiti segura um filhote (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)
Um garoto do Haiti segura um filhote em seus braços (Foto: Bill Tanguay/ Animal Rescue League of Boston)

Embora  maior parte dos animais feridos estivesse na capital Porto Príncipe, a cada dia os voluntários encontravam veterinários locais e dirigiam para o campo para visitar vilarejos. Stosuy disse que a cidade se tornou perigosa demais para os que trabalham pelos animais – o taxista do último grupo de voluntários fora baleado e morto.

Quando eles chegaram numa vila, os voluntários procuraram alguém que falasse inglês e a língua nativa para anunciar suas presenças com um megafone.

Dentro de minutos, pessoas começaram a aparecer com cães, muitos que aparentavam estar de coleira pela primeira vez, e animais de fazenda.

“As pessoas que encontramos realmente se importavam com seus animais e os amavam”, Stosuy disse, explicando que as pessoas simplesmente não tinham como pagar cuidados devidos.  “No Haiti, os animais, infelizmente, não eram bem cuidados antes disso”.

Mas o IFAW e outras ONGs dedicadas aos animais pretendem mudar isso. A viagem de Stosuy foi o começo da Animal Relief Colalition do Haiti (Coalizão pelo Socorro de Animais no Haiti), um novo programa para providenciar serviços básicos, educação para os humanos, vacinações para os animais e treinamento veterinário no Haiti.

“Eles querem melhorar a vida dos animais e pessoas no Haiti”, Stosuy disse. “A longo prazo. Não é uma coisa rápida.”

Fonte: Santa Cruz Sentinel

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