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Ministro admite pela primeira vez que baleias são caçadas para consumo no Japão

19 de fevereiro de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

O Ministro das Relações Exteriores do Japão, Katsuya Okada, disse que vai visitar a Austrália este fim de semana para conversar com o ministro australiano, Stephen Smith, sobre a caça das baleias e os últimos confrontos registrados entre os baleeiros japoneses e os ativistas pelos direitos animais da Sea Shepherd Conservation Society.

O ativista da Sea Shepherd Conservation Society, Pete Bethune, continua detido a bordo do baleeiro japonês Shonan Maru 2, desde que ele subiu a bordo do navio na segunda-feira (15) para prender os supostos responsáveis pela destruição da embarcação Ady Gil no mês passado.

Bethune planejava entregar aos baleeiros japoneses uma conta de 3 milhões de dólares, o custo da substituição do Ady Gil, que ele capitaneava e que foi destruído numa colisão entre as duas embarcações no mês passado. Ele também queria responsabilizar criminalmente o capitão do Shonan Maru 2 pela destruição do Ady Gil e pela tentativa de assassinato de seis tripulantes do navio.

Katsuya Okada disse que o ativista será levado  ao Japão para responder por acusações de pirataria.

O capitão Paul Watson, fundador da Sea Shepherd, declarou: “O capitão Bethune estava totalmente a par de seus direitos em confrontar o homem que quase o matou e destruiu seu navio. Agora, esse mesmo capitão, que destruiu um navio, quase matando seus tripulantes, pretende levar o capitão Bethune de volta ao Japão para sua prisão. A questão precisa ser colocada: Quem é o pirata aqui?”

Além de manter rigorosamente sua posição sobre a possível prisão do capitão Pete Bethune, o ministro japonês Katsuya Okada, admitiu que os japoneses teriam o direito de caçar baleias devido a uma tradição de longa data de consumir esses animais.

Esta foi a primeira vez que um membro do governo japonês confessou que o objetivo da caça das baleias na Antártida vai além dos fins científicos.

Com informações de Canberra Times

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