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Fábrica prejudica única espécie de foca de água doce na Rússia

13 de fevereiro de 2010
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Mais de 2 mil pessoas protestaram neste sábado contra a decisão de reabrir uma fábrica de papel fechada em 2008 por preocupações de que a planta estivesse poluindo o lago Baikal.

Um número igual de manifestantes, alguns amparados por autoridades, caminhou junto ao primeiro grupo na cidade siberiana de Irkutsk para aclamar a decisão do governo tomada no mês passado de reabrir a Baikalsk Pulp & Paper Mill, recuperando 2 mil empregos.

A fábrica, que é a principal empregadora para os 17 mil habitantes da cidade de Baikalsk, foi fechada em outubro de 2008, depois que o governo ordenou que se instalasse um sistema de drenagem para não contaminar o maior lago de água doce do mundo.

Ambientalistas dizem que os resíduos da fábrica, localizada nas margens do lago, contêm substâncias nocivas que destroem a vida selvagem do Baikal –1.500 espécies de animais e plantas, incluindo um tipo único de foca de água doce.

“Viemos aqui para mostrar que as pessoas estão contra a reabertura”, disse à Reuters, por telefone Marina Rikhanova, presidente do Movimento Ecológico Baikal, que organizou o protesto.

O primeiro-ministro Vladimir Putin sinalizou em agosto sua disposição em aumentar as restrições para evitar que a fábrica deposite os resíduos no lago após mergulhar no fundo do lago e consultar alguns cientistas.

A decisão de reabrir a fábrica, construída na era soviética, é vista como parte de um apoio maior do governo para cidades que dependem basicamente da atividade industrial, frequentemente localizadas em áreas remotas, longe das grandes cidades.


Fonte:  O Globo

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