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Pena para quem enterrou cães vivos em Joinville (SC) pode passar de dois anos

12 de fevereiro de 2010
2 min. de leitura
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A comprovação de que os dois cães enterrados na Secretaria Regional do Costa e Silva estavam vivos antes de serem encobertos de terra era a peça que faltava para adiantar a investigação do caso. O laudo do exame feito nos animais informa que eles morreram por asfixia e não havia indícios de envenenamento.

Cópias do documento foram entregues à Secretaria de Gestão de Pessoas e também à polícia. O gerente exonerado e o maquinista acusado de sacrificar os bichos foram ouvidos nesta quinta-feira (11) pela delegada Ana Cláudia Pires. Eles insistiram na versão de que os animais já estavam mortos antes de serem enterrados.

“Acho que os dois ainda não tinham conhecimento do laudo”, diz Ana Cláudia.

Conforme a delegada, houve contradições entre um depoimento e outro. “Um disse que o vigilante da secretaria teria acompanhado o enterro. Outro disse que não havia mais ninguém no local, mas depois voltou atrás”.

Os depoimentos de quatro testemunhas e a comprovação da morte dos cães por asfixia, segundo a delegada, deixam o inquérito mais perto de ser concluído.

“Com as provas técnicas e testemunhais, não vejo necessidade de ouvir outras pessoas”, garante.

A polícia ainda espera a liberação das fitas do circuito interno da Secretaria Regional do bairro Costa e Silva. A empresa responsável pela vigilância do local tem mais dois dias para entregar o vídeo. Assim que o inquérito policial ficar pronto, os funcionários podem ser denunciados por mais de um crime pelo Ministério Público Estadual.

“Além do crime contra animais, é possível que o inquérito aponte infrações contra a administração pública. Como se trata de um inquérito, a pena pode ultrapassar os dois anos de prisão”, observa a promotora Simone Cristina Schultz.

Funcionários do Pronto Atendimento Norte, que denunciaram a crueldade contra os cães na semana passada, ficaram aliviados com a divulgação do laudo veterinário.

“Apesar de estarmos contentes com a investigação, o laudo nos faz lembrar de uma coisa terrível”, lamenta uma funcionária.

Fonte: Diário Catarinense

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