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Onda de calor faz protetor solar para cães sumir das prateleiras, em pet shops do Rio

11 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Alarmados com a onda de calor de  níveis africanos, os tutores de cachorros e gatos correram às pet shops em busca de protetor solar para os bichos. A procura surpreendeu os proprietários das lojas especializadas, que sofrem para repor o produto nas prateleiras.

Nas lojas há fila de espera para o cosmético. Marcos André, proprietário de uma pet shop no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, conta que diariamente dezenas de pessoas vão à loja em busca do protetor.

“As pessoas estão se conscientizando de que é importante prevenir os cães e gatos das irradiações solares”, explica o empresário.

O produto é vendido em média por R$ 30 e é indicado para as áreas como focinho, orelhas, abdômen, principalmente para animais de pouco pelo, de pele clara ou despigmentada.

Animais sofrem com o calor

O veterinário Jaime Serra faz um alerta para os perigos do calor para os animais. Além da proteção contra os raios solares, os bichinhos devem ser hidratados com água comum ou de coco, e os passeios devem ser feitos, preferencialmente, no início da manhã ou à noite.

“É importante tomar estes cuidados para que o animal não crie um quadro de hipertermia, que é a elevação da temperatura no corpo. Para tratar esse problema, às vezes é preciso até internação. Nesses casos, o animal recebe compressas de gelo e muito líquido”, explicou o veterinário.

Banho de piscina

Para driblar o calor, alguns tutores levam os cães para um mergulho na piscina ou em rios de água natural. A arquiteta Beatriz Borges tem como hábito levar sua cadelinha Mel para um refresco no riacho que corre na Praça Engenheiro Pena Chaves, no Horto, na Zona Sul do Rio.

Ziggy e Kali se refrescam no riacho de rua no Horto (Foto: Arquivo pessoal/Beatriz Borges)
Ziggy e Kali se refrescam no riacho de rua no Horto (Foto: Arquivo pessoal/Beatriz Borges)

“Em dias muito quentes, o rio se torna o point preferido da cachorrada. Costumo dizer que esse é o ‘Red Bull’ dos cães, porque eles saem com muita energia e renovados do banho”, contou a arquiteta.

O consultor de pet marketing Sérgio Lobato não aconselha cães em piscina: o cloro pode prejudicar a pelagem e provocar doenças como otite, a inflamação no ouvido.

“O melhor mesmo é deixar o cão estendido no piso frio e, se possível, em ambiente com ar refrigerado”, aconselha o consultor.

Tosa no verão

Outra maneira encontrada pelos tutores para garantir um refresco aos cães é a tosa. A procura pelo serviço chega a triplicar nas pet shops durante os meses de verão.

Marcelo alterou o percurso do passeio e optou por lugares mais frescos (Foto: Tássia Thum/G1)
Marcelo alterou o percurso do passeio e optou por lugares mais frescos (Foto: Tássia Thum/G1)

“Neste verão até Husky, São Bernardo, Golden Retriever e Pastor Alemão estão sendo tosados”, diz Carla Queiroz, gerente de uma pet.

O calor também alterou a rotina de Marcelo Coutinho, que é passeador de cachorro, uma profissão que nem todo mundo conhece.

Acostumado a caminhar com os bichanos pela Lagoa Rodrigo de Freitas e pela orla, Marcelo mudou seu itinerário e optou por caminhadas pelo Horto, bairro arborizado da Zona Sul do Rio.

“Os cães também querem sombra e água fresca. Como nem sempre dá pra trocar o horário do passeio, optei em andar por menos tempo e por lugares mais frescos”, disse Marcelo.

Fonte: G1

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