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Conheça as sete incríveis táticas de sobrevivência dos sapos

6 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Os sapos estão por todos os lados e têm se mostrado capazes de preencher a maior parte dos continentes num piscar de olhos. Apesar de serem originárias das regiões tropicais da América do Sul, as espécies anfíbias da família Bufonidae se espalharam para todos os cantos da Terra em apenas 10 milhões de anos – um período relativamente curto do ponto de vista evolutivo. De olho nesta expansividade, o site científico Live Science divulgou os sete fatores escolhidos pelos cientistas que possibilitaram o sucesso dos sapos.

O sapo europeu conhecido como bufo bufo é uma espécie que possui ampla distribuição no velho continente Foto: AFP
O sapo europeu conhecido como bufo bufo é uma espécie que possui ampla distribuição no velho continente Foto: AFP

As cerca de 500 espécies de sapos conhecidas são extremamente diversificadas tanto nas características, quanto no tipo de habitat e no alcance. “Alguns grupos de anfíbios estão distribuídos pelo mundo todo, outros não”, disse o biólogo evolucionista Ines Van Bocxlaer, da Vrije University Brussel, da Bélgica.

“Queremos descobrir por que os sapos conseguiram uma grande expansão enquanto outros anfíbios, como as rãs da família Dendrobatidae, ficaram em apenas uma área”, questionou.

A partir disso, os biólogos reconstituíram a história evolutiva dos sapos e tentaram identificar sete qualidades que podem ter permitido aos sapos colonizar áreas maiores do que outras espécies. Conheça os motivos:

1 – Capacidade de viver também em terra seca
No início, os sapos ficaram confinados aos trópicos por causa da necessidade constante de água e umidade, mas, quando algumas espécies desenvolveram habilidade de viver em ambientes mais secos, se expandiram para outras regiões.

2 – Tamanho do corpo
Por causa do seu tamanho, o sapo-balão pode reter mais água e perder relativamente menos água na superfície (sapos perdem água através de minúsculos poros na pele). Portanto, esta capacidade permite à espécie viver em uma vasta gama de habitats, incluindo locais mais secos.

3 – Glândulas parotoides
Estas glândulas são os grandes blocos bulbosos atrás dos olhos dos sapos. Encontradas nos sapos-da-cana, as glândulas secretam toxinas para defender o anfíbio contra predadores e também funcionam na hidratação do animal. A evolução desse tecido aumentou a área de abundância dos sapos.

4 – Gordura inguinal corporal
Este tipo separado de gordura corporal permite aos sapos armazenar mais gordura e guardar as reservas de energia extra. “Mais energia permite viajar longas distâncias”, disse Ines Van Bocxlaer.

5 – Habilidade de depositar ovos
Originalmente, os sapos tinham uma maneira muito particular sobre o local onde iam depositar seus ovos. Mas quando algumas espécies desenvolveram a capacidade de pôr ovos em qualquer poça de água ou algo do gênero, este fator facilitou seu espalhamento por todos os continentes.

6 – Produção de ovos em maior escala
Quando os sapos começaram a produzir grandes ninhadas com milhares de ovos, em vez de a mãe apenas se preocupar em dar cuidados a um pequeno número de filhotes, as espécies foram capazes de viajar com maior facilidade e por maiores distâncias.

7 – Girinos
Alguns girinos, chamados de endotophous, se alimentam dos nutrientes da sua mãe, mas os girinos exotrophous se alimentam de nutrientes fora do ninho. Os sapos da característica exotrophous podem ter mais filhotes em ambientes secos ou úmidos, facilitando os locais de reprodução.

“Com todas essas características relacionadas à distribuição, nós podemos ver que os sapos ancestrais com essas qualidades foram os que se expandiram para conquistar o mundo”, disse Van Bocxlaer à LiveScience. Van Bocxlaer e seus colegas detalharam suas descobertas na edição de 5 de fevereiro da revista Science.

Fonte: Terra

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