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Águia-de-asa-redonda vai ser libertada em Sagres, Portugal, no próximo sábado

21 de janeiro de 2010
3 min. de leitura
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Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, situado na Ria Formosa, em Portugal, convida todos os interessados a participarem na ação de libertação de uma águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), no Campo de Futebol de Sagres, marcada para sábado, dia 23, às 14h30.

Imagem: Reprodução/Barlavento Online
Imagem: Reprodução/Barlavento Online

A águia que será libertada “foi encontrada por um particular perto da EN125, em Sagres, pelo que se suspeita que tenha sido vítima de atropelamento. Foi entregue no RIAS pela equipa SEPNA de Portimão”, explicou o RIAS.

A ave “não apresentava fraturas nem lesões graves, à exceção de uma pequena ferida na cabeça, que foi necessário suturar e tratar. O processo de recuperação incluiu tratamentos veterinários, contato com outros indivíduos da mesma espécie e treinos de voo e caça”, acrescentaram.

O RIAS, que funciona na Quinta de Marim, perto de Olhão, “tem como principal função receber e proceder ao tratamento de animais selvagens autóctones feridos ou debilitados e, sempre que possível, devolvê-los ao seu habitat natural”.

“Estes momentos de libertação de animais recuperados são assim o agradável culminar de um processo de recuperação muitas vezes moroso, sendo então momentos privilegiados para contato com as populações locais, de modo a dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos centros de recuperação de fauna selvagem e também as espécies que ocorrem no nosso país”, diz ainda a organização, em comunicado.

Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)

A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa, sendo a águia mais frequente em Portugal.

Apresenta dimensões médias (entre 600 e 1.100 g e 51 a 56 cm de comprimento), um aspecto compacto, cabeça arredondada e cauda relativamente curta, cerradamente listrada nos adultos.

A cor da sua plumagem é muito variável, desde quase branco a castanho-escuro, sendo que a zona dorsal é geralmente castanha e a zona peitoral mais clara. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde existam árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas orlas dos bosques.

A época de nidificação inicia-se em abril e prolonga-se até julho, podendo-se iniciar um pouco antes em algumas regiões.

Os ninhos podem atingir até um metro de diâmetro e são construídos com ramos e folhas, em árvores e arbustos.

Muitas vezes utilizam o mesmo ninho do ano anterior, acrescentando-lhe mais material. A postura é normalmente de 2 a 5 ovos e a incubação demora 33 a 38 dias. As crias saem do ninho aos 48 a 62 dias e tornam-se independentes às 15 semanas.

É neste período que se começam a afastar do território dos progenitores.

Embora seja uma espécie abundante apresenta várias ameaças, entre as quais se destacam eletrocussão, abate e cativeiro, pilhagem de ninhos, incêndios florestais e atropelamento.

De acordo com o ICNB (2005), esta espécie apresenta um estatuto de conservação “Pouco Preocupante”.

O que é o RIAS

O RIAS é o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa e está localizado em Olhão, na Quinta do Marim.

A sua gestão está a cargo da associação ALDEIA desde outubro de 2009.

O RIAS tem como principais objetivos a recuperação de animais selvagens, a investigação dos fatores de risco para a sua conservação e a educação ambiental da população em geral para a importância da biodiversidade.

Funcionando como um hospital de fauna selvagem, o trabalho do RIAS consiste na recepção e tratamento de animais que são encontrados feridos ou debilitados e posterior libertação, sempre que possível, no meio natural onde pertencem.

Fonte: Barlavento

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